O Criciúma em Natal foi o retrato do Criciúma na temporada.
Contra o ABC, lanterna e virtualmente rebaixado o time foi impotente e só não foi goleado pela falta de qualidade do time potiguar que fez um segundo tempo suficiente para vencer um jogo que em caso de derrota o colocaria matematicamente na série C.
A situação poderia estar bem pior não fosse algumas vitórias conquistadas muito mais por erros gritantes dos adversários do que pela qualidade dos jogadores e do próprio time que nunca deu a confiança de um campeonato sem sobressaltos.
Tudo pela falta de um planejamento consistente, pela troca de técnicos e diretores de futebol, pelas contratações sem resultado, enfim uma série de equívocos que marcaram a temporada que vai chegando ao fim de forma melancólica.
Não tenho vontade e muito menos poder para projetar um 2018 diferente. Tenho apenas a convicção que os responsáveis devem rever seus conceitos e procurar uma nova maneira de fazer futebol e devolver o respeito ao clube perdido nos últimos anos.
E que os torcedores continuem fora das arquibancadas do Heriberto Hülse, como vem acontecendo neste campeonato, até que sintam disposição e vontade dos dirigentes em formar um time que faça a torcida lembrar o refrão criado por Carlinhos Lacombe: “Criciúma! Criciúma! Nosso Clube de Amor, Alma, Garra e Coração!"