Foi a palavra que encontrei para definir o jogo em São Januário. Poderia usar qualquer outra como amasso e passeio, mas optei por massacre que retrata com fidelidade a vitória do Criciúma, num resultado em princípio impensável e que foi construído desde os primeiros movimentos do jogo.
A campanha do Vasco até então não recomendava favoritismo, pois vinha de duas derrotas e apenas uma vitória na primeira rodada num jogo com erros de arbitragem que o favoreceu.
Na disputa pelas estratégias o técnico Cláudio Tencati foi soberano contra um Ramón Díaz que pelo percebido não tinha nenhuma informação sobre o Criciúma talvez confiante que a camisa e o ambiente do estádio poderiam fazer a diferença. Engano primário.
Jogar com quatro atacantes contra um time mais entrosado que tem uma forte força defensiva e não sabendo dos riscos de um contra ataque com meias de qualidade e com a velocidade dos atacantes, deixou seu meio de campo despovoado e sem capacidade de propor um jogo mais efetivo no ataque.
Foi presa fácil, pois deixar Felippe Matheus e Marquinhos Gabriel soltos no campo é flertar com o suicídio. Os dois jogaram muito, principalmente Filippe Matheus, sem falar no Gustavo que no retorno pegou um pênalti inventado pela arbitragem, com o congolês Bolasie que fez um gol espetacular e que fez jogadas que podem ser ditas com show.
Enfim, foi uma partida perfeita do Criciúma como a muito não se via e a goleada mostrou a grande superioridade sobre um adversário que vai ter que se reinventar para escapar da série B.
A torcida ironicamente aplaudiu o quarto gol do Criciúma e na saída de campo -o técnico Ramón Díaz deixando com seu protesto a certeza da demissão de um treinador massacrado pelo seu oponente. No vestiário o Vasco da Gama demitiu o treinador.