Thiago Ávila *
Ao longo do ano, os leitores do blog puderam apreciar alguns textos relacionados ao Ranking de pilotos da temporada, em que cada corrida, pontuamos os corredores, de acordo com seu desempenho nas corridas, aos moldes da pontuação da Formula 1 – com o 1º ganhando 25, 2º 18, 3º 15, 4º 12... 10º 1. Fechada a temporada, vamos aos resultados finais, na classificação em ordem decrescente.
20º ROBERT KUBICA – 0 ponto
O polonês já teve seus ótimos momentos, mas depois de sua volta à F1 desde seu acidente de rali de 2011, ficou fragilizado por um braço extremamente danificado. É um ex-piloto em atividade. Se olharmos para a sua temporada podemos dizer: por que a Williams contrataria um piloto sem braço? Enfim, a história era bacana, um piloto que sofrera um acidente grave volta a pilotar um carro de F1 depois de oito anos. Mas não funcionou nem um pouco.
19º GEORGE RUSSELL – 8 pontos
O jovem britânico só fez oito pontos no nosso ranking, mas já merece parabéns. Primeiro que o esperado era que nenhum piloto da Williams pontuasse, por seu carro ser o pior (diria de uma categoria a parte inclusive) e assim não ter como avaliar quando comparado com outros carros medianos. George conquistou esses pontos em um final de semana brilhante na Hungria. Ele chegou a estar praticamente classificado ao Q2, e conquistou o 16º lugar, na frente de nomes como Ricciardo e Perez. Na corrida, chegou a se situar na 14ª posição, uma marca impressionante para uma Williams.
18º ANTONIO GIOVINAZZI – 10 pontos
Uma temporada de estreia que se esperava mais. Quando o carro era bom, tomava uma surra de seu companheiro Kimi Raikkonen. Mas na volta das férias, com o carro pior, o italiano mostrou uma evolução, principalmente na Bélgica e na sua corrida de casa e terminou o segundo semestre melhor que o companheiro.
17º LANCE STROLL – 12 pontos
Stroll teve seus momentos. Não merece estar na Fórmula 1, mas pelo menos não foi tão horrível quanto se esperava. Na Alemanha fez sua corrida dos sonhos, vindo de muito atrás e com uma estratégia excelente quase conquistou um pódio. Mas na Itália fez seu melhor fim de semana. Já mostrou bom desempenho no qualy e na corrida era sétimo até Vettel fazer uma grande burrada de rodar e atrapalhar a corrida do canadense.
16º KEVIN MAGNUSSEN – 20 pontos
O ano da Haas foi marcado como, primeiramente, o melhor carro do pelotão intermediário, que durou apenas cinco corridas, ao segundo pior carro do grid no restante do campeonato. A maioria dos pontos do dinamarquês surgiram nessas corridas. Na Austrália, foi muito bem e se redimiu do resultado catastrófico do ano passado – em que as duas Haas abandonaram por erro no pit. E na Espanha foi o melhor do resto, com ótimas disputas com Grosjean.
15º ROMAIN GROSJEAN – 28 pontos
Muitos acreditam que K-Mag foi melhor que Romain nessa temporada, a pontuação final também diz isso – 20 x 8. Mas na verdade, ele foi muito azarado o ano todo. Em suas três corridas de melhor desempenho – Austrália, Espanha e Brasil – foi prejudicado por alguma circunstância. A primeira delas foi o déjà-vu em Albert Park. Vindo de um ótimo sexto lugar, o piloto, em sua parada, novamente vê seus mecânicos falhando ao apertar os pneus e sendo forçado a abandonar a corrida. Na Espanha, também sendo o melhor do resto, foi acertado por Magnussen na relargada de um Safety Car, e teve sua asa traseira danificada. Com isso, foi perdendo diversas posições, mas ainda conseguiu terminar na 10ª posição. Por fim, no Brasil, seu melhor desempenho desde a queda da Haas, era sétimo até a entrada do SC, e foi prejudicado estrategicamente, por ter de parar mais uma vez, e acabou terminando fora do top-10.
14º DANIIL KVYAT – 36 pontos
O russo foi surpreendente em sua terceira chance na F1. Mostrou maturidade para querer voltar a ter espaço na Red Bull. Primeiro pela sua regularidade nas primeiras corridas, inclusive sendo melhor que Pierre Gasly – mesmo este estando na equipe principal. Na Alemanha foi seu ápice, a estratégia excelente na corrida maluca, conseguiu colocar o piloto numa posição de quase vitória, e terminou no pódio. Depois de ser preterido por Albon na troca Toro Rosso-Red Bull, perdeu a regularidade na segunda metade, e foi o pior do quarteto da Red Bull.
13º NICO HULKENBERG – 37 pontos
Essa não foi nem de perto uma temporada boa do experiente alemão da Renault. O homem sem pódios ficou muito abaixo do que se esperava no duelo contra Daniel Ricciardo e, já com 32 anos, não é mais o mesmo piloto que sempre briga pelo melhor do resto. Sua primeira metade de temporada foi desastrosa, mas apresentou melhora na volta das férias, fazendo pelo menos umas cinco corridas de médio para bom. Destaco a corrida da Itália como sua melhor, também foi a melhor da Renault, em que terminou em 5º lugar.
12º PIERRE GASLY – 47 pontos
É um dos poucos casos de pilotos que vai melhor na equipe satélite do que na principal. Gasly viveu um ano mágico de estreia no ano passado na Toro Rosso e com isso ganhou uma chance de ouro na Red Bull. E foi terrível! Não se adaptou ao carro e foi extremamente massacrado por Verstappen ao longo do primeiro semestre. Nas férias, recebeu a notícia de que a Red Bull decidiu rebaixá-lo de volta a Toro Rosso, na troca com Alex Albon. Ele se abalou com a decisão, certo? Errado! Gasly voltou a ter seus ótimos momentos na equipe, com direito a um pódio sensacional em Interlagos, vencendo o duelo com nada mais, nada menos, que LEWIS HAMILTON.
11º KIMI RAIKKONEN – 53 pontos
Piloto de primeiro semestre. Acho hipócrita quem fala que Kimi foi um dos piores pilotos do ano, porque no início muitos destes inclusive diziam que ele merecia a vaga de Vettel na Ferrari. Se situou como o melhor do resto no início da temporada, fazendo, por exemplo, uma ótima corrida na Alemanha, chegando a estar em terceiro lugar e sendo uma pedra no sapato de Vettel no meio do pelotão.
Semana que vem mostraremos os 10 primeiros.
* Jornalista