Se no mundial de pilotos a briga entre Hamilton e Vettel se estendeu durante o ano todo, no de construtores a Mercedes fez jus ao seu tricampeonato consecutivo e se manteve na liderança desde o início. No circuito de Austin, no Texas, a coisa não foi diferente.
Após Lewis Hamilton liderar todos os treinos livres, o britânico foi de sobra o melhor de sábado à tarde e conquistou a pole, com Vettel em um ótimo segundo lugar e Bottas em terceiro. O GP dos EUA também foi marcado pelas estreias de Carlos Sainz na Renault e Brandon Hartley na Toro Rosso.
Sendo a primeira curva à esquerda, Hamilton e os pilotos de posição ímpar largaram do lado direito, enquanto Vettel e os outros de posição par partiram da esquerda, que parecia lhes dar mais vantagem. E foi exatamente o que aconteceu.
Apagam-se as luzes, os pilotos soltam a embreagem, os monopostos partem e o alemão assume a ponta na primeira curva. E não houve apenas essa ultrapassagem, como também Ocon ultrapassando Raikkonen, Alonso passando Sainz e Massa assumindo a nona posição de Pérez. Verstappen, que largou em 16º, assumia a 11ª posição.
Ao longo da corrida, Hamilton, com carro mais rápido, voltou a liderança e deixou Vettel muito para trás. Com estratégias ruins, os finlandeses Raikkonen e Bottas acabaram sofrendo para o alemão da Ferrari e o holandês da Red Bull e terminaram em quarto e quinto, respectivamente. Por conta de uma punição a Verstappen, Raikkonen voltou ao terceiro lugar e fechou o pódio.
A corrida em si foi excelente. Uma pista cheia de S’s, com várias ultrapassagens, uma prova que não dispersou os olhos por um segundo. Realmente, o Circuito das Américas veio para ficar.
Max Verstappen foi escolhido o piloto do dia, sem questionamentos. Sair de 16º e cruzar a linha de chegada em terceiro não é pra qualquer um, certamente um futuro campeão mundial. Vivendo um momento oposto, Valtteri Bottas, depois de uma primeira metade de campeonato surpreendente, vem encerrando o ano deixando dúvidas sobre seu assento nos próximos anos.
O resultado deu o tetracampeonato de construtores à Mercedes e um título cada vez mais encaminhado para Lewis, que aumenta sua vantagem sobre Sebastian para 66 pontos.
Agora basta um quinto lugar para Hamilton levantar seu quarto caneco.
Por Thiago Ávila, estudante de jornalismo na PUCRS