NOVO TORNEIO
A FIFA já decidiu que o Mundial de Clubes a partir de 2021 será disputado por 24 clubes das suas seis Confederações filiadas. As vagas também já foram distribuídas, são oito vagas para a UEFA (Europa), seis vagas para a CONMEBOL (América do Sul), três vagas para a CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe), três vagas para a CAF (África), três para AFC (Ásia) e uma vaga que será disputada por um clube da OFC (Oceania) e um clube da China (país anfitrião). O novo Mundial de Clubes irá substituir a Copa das Confederações de será disputado a cada quatro anos, sempre no ano anterior à Copa do Mundo.
CONMEBOL
Abordei a alguns dias que a Confederação Sul-Americana havia definido que quatro das seis vagas seriam dos campeões da Libertadores e da Taça Sul-Americana de 2019 e 2020, ficando em aberto as outras duas que, de acordo com a entidade seriam disputadas num torneio envolvendo todos os clubes campeões da Libertadores desde sua primeira edição. Este torneio chamado de Supercopa da Libertadores seria realizado entre dezembro e janeiro de 2020
CBF
A Confederação Brasileira de Futebol alega falta de datas, pois pelo calendário dezembro é o mês destinado às férias dos jogadores e janeiro é o mês da pré-temporada. Quer dizer, no calendário atual não existe a possibilidade dos 10 clubes brasileiros participarem da Supercopa da Libertadores. A solução é mexer no calendário.
CLUBES
Todos os 10 clubes brasileiros que já conquistaram a Libertadores são conscientes que um torneio desta magnitude com grandes confrontos seria altamente rentável, com forte apelo popular, além de maior nível técnico comparando, por exemplo, com os falidos campeonatos estaduais. Então, por que insistir em manter o calendário atual e não o alterar para seguir o modelo aplicado no mundo todo? Os clubes têm obrigação de bater de frente com a CBF e com as Federações que exigem os campeonatos estaduais alegando ser sua única forma de sobrevivência.
OUTROS CLUBES
Existem centenas de clubes pelo país que têm nos estaduais suas únicas competições. Milhares de jogadores dependem dos campeonatos estaduais para suas sobrevivências, acabar com os estaduais criara um enorme problema social. É verdade. O que me deixa intrigado é que a milionária CBF não está nem aí para questões que fogem da seleção brasileira, sua fonte milionária de receita. Com toda esta receita a entidade poderia perfeitamente propor o enxugamento dos estaduais e criar mais divisões no futebol brasileiro para dar calendário a muitas equipes e garantir o emprego de milhares de profissionais.
MATANDO A VACA
Não é justo que os grandes clubes deixem de arrecadar milhões para garantir a sobrevivência de outros. A CBF tem obrigação de cuidar de todos filiados, grandes ou pequenos e adequar um calendário racional à necessidade de todos. E não agradar as Federações cujos presidentes garantem o “status quo” desde muito tempo.