Era impensável, mas já estava desenhado desde o início do ano que o Criciúma sofreria dificuldades para enfrentar o campeonato estadual, inclusive com riscos de rebaixamento que se tornou realidade.
Não vale mais a pena ficarmos discutindo a falta de qualidade do plantel, a falta de um plano de jogo e o que é pior, a falta de um projeto consistente para remontar um elenco pelo desmanche sofrido logo após a saída da G.A.
É claro que no futebol de hoje a figura de um diretor executivo é indispensável num clube do tamanho do Criciúma. Um profissional que conheça o mercado, que tenha relacionamento com outros clubes e empresários e que comande um plantel para poder competir com outros de mesmo tamanho.
O Criciúma não trouxe este profissional, ou pela falta de recursos ou como disse o presidente Anselmo Freitas no pós jogo do rebaixamento, confiando no seu vice de futebol Waldeci Rampinelli.
Foi uma aposta fracassada reconhecida pelo próprio Rampinelli que após uma fala entremeadas com desculpas pediu demissão. Era o que tinha que ser feito abrindo espaço para alguém que possa montar um projeto mais consistente, pois a série C do campeonato brasileiro irá começar em pouco mais de 30 dias.
O presidente Anselmo Freitas logo após o comunicado de saída do vice de futebol, na emoção, chegou a colocar o cargo à disposição do Conselho do clube. O caminho não é por aí.
O Anselmo tem todas as condições de fazer um ótimo trabalho na gestão financeira e na captação de parceiros, como tem feito até agora. Por reconhecer que não tem afinidade com o quesito futebol terá que partir para contratar alguém do ramo e dar o suporte necessário para confecção de um time forte que possa atravessar sem sustos o campeonato brasileiro.