Depois de duas Copas consecutivas serem jogadas na Europa, Suíça em 1954 e Suécia em 1958, a competição retornou à América do Sul, 12 anos depois se ter sido disputado no Brasil.
Escolhido pela FIFA, o Chile começou os trabalhos para montar a infraestrutura necessária para sediar o evento, liderado pelo brasileiro naturalizado chileno Carlos Dittborn, então presidente da Confederação Sul Americana de Futebol.
O Estádio Nacional teve sua capacidade aumentada para 75 mil espectadores e foi construído um novo estádio em Viña Del Mar, o Saulsalito.
Quando os preparativos estavam no auge, em maio de 1960 o país foi pego de surpresa por um terremoto que registrou 9.5 pontos na escala Richter, o maior registrado na história recente. O tremor que deixou mais de cinco mil mortos e 25 por cento da população chilena desabrigada colocou dúvidas sobre a capacidade do Chile em sediar o Mundial depois da tragédia.
Em face dos problemas, Carlos Dittborn pronunciou a frase que seria o slogan não oficial da Copa: “Porque não temos nada, faremos tudo”. A FIFA lhe deu um voto de confiança e as obras foram terminadas em tempo recorde.
Por ironia do destino, Carlos Dittborn faleceu 32 dias antes do início do Mundial vítima de parada cardíaca. O estádio de Arica foi batizado em sua homenagem.
Cinquenta e seis países se inscreveram para as eliminatórias. Novamente havia 14 vagas disponíveis, pois, o Chile país anfitrião e o Brasil, último campeão estavam automaticamente classificados.
A Copa foi disputada com 10 seleções europeias, cinco sul-americanas e o México.