O até hoje a tarde vice-presidente de administração do Criciúma, Alexandre Farias, sucessor estatutário em caso de renúncia do presidente do clube, deu uma entrevista à Radio Som Maior FM afirmando que sofreu pressão da direção do Conselho Deliberativo e não teve como continuar, por isso renunciou.
Se não estava explicito, nas entrelinhas era o desfecho esperado, pois o Alexandre não faz parte do sistema que comanda o Criciúma desde a fundação do Comerciário. É uma casta que se julga dona do clube e somente trata com deferência os que fazem parte deste sistema.
O comando do Conselho foi de total omissão com a má gestão do atual presidente, mesmo sem poder interferir em função do contrato Criciúma/G.A. Pedia-se uma cobrança nem que fosse para satisfação e nem isso foi feito. Ficou visível a conivência sem que alguma voz fora do comando tivesse força para pelo menos questionar de forma oficial a visível perda de identidade e a degradação da história que foi aos poucos sendo jogada na lata do lixo.
O Alexandre, inclusive sugeriu na entrevista que houvesse eleições gerais para o Conselho e para a diretoria executiva e assim o clube seria administrado pelos que fossem eleitos democraticamente. Eu concordo com ele.
A questão é: os membros da direção do Conselho teriam esta dignidade? Alguns estão há muito tempo agarrados neste osso, mas se realmente querem o bem do clube, renunciem e deixa os sócios decidirem o que será melhor para o Criciúma. Pior certamente não ficará.