Faltava pouco para o Criciúma de espetacular campanha na fase de classificação chegar ao topo e confirmar o título tão esperado depois de garantido o acesso. O Adversário, o Fortaleza que havia sido o terceiro na primeira fase e despachado o América Mineiro e o Jundiaí para a decisão do título. Pelo regulamento a partida seria no Heriberto Hülse, mas lá no Castelão o Criciúma perdeu a vantagem num estádio que abrigou mais de 60 mil torcedores.
A revista “Mais uma estrela” que editei logo após o final do campeonato, registrou desta forma na página 06 a vitória do Fortaleza:
“Para o primeiro jogo da final, o Criciúma estava sem três jogadores de marcação no meio campo. Cléber Orleans suspenso, Paulo César e Edinho machucados. O técnico optou por uma formação ofensiva, correndo riscos, pois iria enfrentar um time tendo como maior virtude o contra-ataque.
Fortaleza foi obrigado jogar no Castelão, o que diminuiria a pressão, mesmo com 60 mil torcedores presentes. Como toda final, foi uma partida nervosa, com muita catimba por parte dos jogadores do Fortaleza, que fez 1x0 ainda no primeiro tempo.
Depois que sofreu o segundo gol, o Criciúma continuou atacando e perdeu várias chances de gol, inclusive chutando uma bola na trave.
O técnico do Fortaleza agitou o tempo todo, condicionou a arbitragem e chegou ao desproposito de fazer embaixadinhas quando a bola saiu pela lateral do gramado. Estavam no Castelão 20 torcedores do Criciúma. O placar preocupava, mas não assustava pois, imbatível em casa, o time tinha todas as condições de reverter a vantagem conquistada pelo adversário”.
Apitou o jogo o carioca Wagner Tardelli Azevedo e o Criciúma jogou com Fabiano, Paulo César Baier, Cametá, Luciano, Luciano Almeida (Douglas); Cléber Gaúcho, Sandro, Juca, Dejair; Delmer (Walter), Tico (Anderson Lobão).