Já havia dito aqui no Almanaque da Bola que o Fair Play foi praticado pela primeira vez na história do futebol num jogo pelo campeonato carioca na década de 1950.
Botafogo e Fluminense se enfrentavam no Maracanã quando o zagueiro Pinheiro do tricolor se lesionou numa rebatida com a bola caindo nos pés de Garrincha livre na frente da área. Vendo que Pinheiro não podia dar-lhe combate, Garrincha jogou a bola para a lateral para que fosse feito o atendimento ao zagueiro.
De tempos para cá o Fair Play faz parte do futebol e quase todos os jogadores o praticam, mas com muitos fingindo contusão para ganhar tempo e iludir árbitros e adversários.
Outros praticam o Fair Play pela índole e pela educação como temos visto com frequência. Um exemplo do verdadeiro Fair Play foi protagonizado pelo zagueiro Morten, jogador e capitão da seleção da Dinamarca, num torneio amistoso em 2003 disputado em Copenhagen.
No jogo contra o Irã, um zagueiro iraniano pegou a bola com a mão dentro da área depois de ouvir o apito final do árbitro. Porém o apito havia vindo da arquibancada e ao árbitro não restou alternativa a não ser marcar o pênalti.
Após consultar o técnico, o capitão dinamarquês propositadamente bateu o pênalti para fora por considerar injusta a vantagem. O jogo terminou com vitória do Irã por 1x0.
Após o jogo um dirigente iraniano afirmou: “Os dinamarqueses não ganharam o jogo, mas ganharam nossa admiração”.