Os mais de 102 mil espectadores presentes no Estádio Azteca na Cidade do México viram no dia 17 de junho de 1970 a partida mais alucinante da história das Copa do Mundo.
Itália e Alemanha Ocidental decidiam numa das semifinais o direito de disputar a final contra a seleção brasileira que horas antes havia vencido o Uruguai na outra semifinal.
Em campo três títulos Mundiais, sob intenso calor o jogo começou com os italianos cheios de fôlego contra os alemães que vinham de uma batalha nas quartas de final contra os ingleses, então campeões mundiais.
Parecia fácil para os italianos que abriram o placar logo aos 8 minutos com Boninsegna. O jogo ia chegando ao final e parecia que os italianos na retranca conseguiram segurar o 1x0.
Engano, Franz Beckenbauer fraturou a clavícula quase no final do jogo. A Alemanha não podia mais fazer substituição e Beckenbauer ao invés de deixar seu time com 10 em campo, voltou enfaixado e sua bravura inspirou os companheiros que conseguiram empatar no minuto final da partida.
E a partir daí, meus amigos o que se viu foram os mais espetaculares 30 minutos da história das Copas do Mundo.
Começou o tempo extra e os alemães exaustos, pois disputavam a segunda prorrogação em três dias marcou com Gerd Müller aos 4 minutos. A Itália empatou aos 8 com Burgnich. Riva fez 3x2 aos 14 e a Itália terminou o primeiro tempo da prorrogação em vantagem.
Na segunda etapa do tempo extra aos 4 minutos novamente Gerd Müller fez de cabeça 3x3, mas um minuto depois Gianni Rivera selou o placar com 4x3 para a Itália.
Na final os italianos exaustos foram presas fáceis para a seleção brasileira.