O técnico do Palmeiras Abel Ferreira desde seus primeiros momentos dirigindo o time (final de 2020) usou o polegar de encontro a cabeça para transmitir a seus jogadores que mentalizasse o que foi treinado para ser usado nos jogos.
O gesto foi para que todos priorizassem o MENTAL e não se preocupassem com o entorno.
Virou moda, de lá para cá, lá se vão três anos, o MENTAL tem sido usado com insistência pelos analistas de futebol e até mesmo por técnicos e jogadores.
Como hoje temos dezenas de programas, sejam de informações ou debates, a explicação para o sucesso ou derrotas são justificadas pelo MENTAL. Como se uns fossem mentalmente mais fortes que outros.
O MENTAL tem sido a bengala para quem não consegue justificar suas observações, ficando muito mais fácil afirmar que A tem o MENTAL mais forte que o B.
Sou do tempo em que a conclusão sobre uma partida de futebol era explicada pela superioridade técnica de um time sobre o outro, ou vão me dizer que quando o Santos perdia um jogo o adversário era mentalmente mais forte que o time do Pelé?
Não havia nenhuma desculpa para vitórias ou derrotas, para títulos ou classificações a não ser a qualidade individual ou coletiva dos times.
Mas, é a modernidade, assim como a terminologia mudou em todos os aspectos, hoje é beirada e não ponteiro, o lado do campo virou corredor, os meias viraram atacantes pelo lado e por aí vai. Ah! E tem a nova invenção, a tal saída de três, entre outras.
Podem falar que sou das antigas, realmente sou, mas tenho a felicidade de poder ser do tempo em que o futebol era muito mais simples, sem os gênios atuais que criam termos mais sofisticados para muito vezes camuflar poucos conhecimentos sobre o que o futebol apresenta.
Futebol que aliás é o mesmo de sempre, o que mudou foi o modo da comunicação para os torcedores que certamente não ligam para esta sofisticação.