Thiago Ávila *
Nesse próximo final de semana a Formula 1 estará de volta, enfim, para o início da temporada 2020. O campeonato, que era para ter começado dia 15 de março em Albert Park, para o GP da Austrália, foi interrompido por conta da pandemia do coronavírus, e agora vai de fato começar no circuito de Spielberg, na Áustria.
Foram quase quatro meses de atraso e enfim a categoria máxima do automobilismo mundial conseguiu montar uma primeira parte do calendário, com oito corridas na Europa. O projeto ainda é incluir corridas na Ásia, América e encerrar no Oriente Médio, mas o que se projeta de fato é uma temporada inteira só com corridas no velho continente, já que seria arriscado demais as equipes viajarem para outros continentes com o vírus do jeito que está.
Apesar de tudo, as etapas europeias são sempre as mais equilibradas. Ano passado, a Mercedes dominou as cinco primeiras corridas, mas a partir de Mônaco, a Ferrari e a Red Bull se aproximaram muito da rival alemã. Numa temporada exclusivamente europeia e de tiro curto, poderemos ver Max Verstappen e Charles Leclerc como bons candidatos a quebrar a hegemonia de Lewis Hamilton.
A Mercedes é a ainda a equipe favorita para conquistar o heptacampeonato consecutivo, com seu astro Hamilton ao comando. Mas pelo que foi mostrado na pré-temporada, a Red Bull e a Racing Point estão num ritmo muito próximo ao dos tempos dos flechas prateadas. Além disso, a equipe dos energéticos venceu as duas últimas corridas na Áustria, com Verstappen. Ter as duas corridas iniciais no Red Bull Ring – sim, serão duas corridas no mesmo circuito - é uma ótima chance de começar o campeonato com o pé direito.
Lógico, a Ferrari é outra que nunca podemos descartar, apesar de ter tido diversos problemas no carro nos testes de pré-temporada, é uma equipe que historicamente chega forte nas etapas europeias, principalmente Hungria, Bélgica e Itália.
Podemos esperar um início de temporada interessante. Dia 3 de Julho iniciam os treinos livres do GP da Áustria.
* Jornalista.