O quase vazio Heriberto Hülse teve seu momento de glória nesta temporada. Os torcedores enlouqueceram, pularam, gritaram, cantaram a plenos pulmões uma vitória que há muito não acontecia. Parecia a conquista de um título.
Fosse o gol marcado digamos, na metade do segundo tempo não teria o mesmo efeito, ainda que o time precisasse desesperadamente vencer para conseguir fugir da zona do rebaixamento.
O gol foi o divisor do Criciúma no campeonato? Não posso afirmar porque mesmo com a vitória o time mostrou as mesmas deficiências das partidas anteriores. Pouca criatividade e uma enorme dificuldade para finalizar.
O Criciúma começou pilhado com muita vontade, fez um gol numa incrível blitz na abertura do jogo, teve em seguida outra chance clara e quando diminuiu o ritmo permitiu o Joinville equilibrar e chegar ao empate. Resultado justo no primeiro tempo.
O Criciúma tomou conto do jogo em que o Joinville foi no segundo tempo uma caricatura de time de futebol. Muita posse de bola com pouca força ofensiva, inclusive nas inúmeras faltas laterais sem nenhum aproveitamento. Até que no último minuto veio o gol salvador que mudou todo o ambiente do estádio.
Os protestos iniciais estavam há um minuto de serem repetidos. As faixas indesejadas pela arbitragem e seguranças seriam novamente desfraldas e o técnico seria olhado de forma hostil, mesmo com o forte lobby para sua permanência.
Enfim, venceu que era o que importava e a sequência dirá se gol aos 49 do segundo tempo tem o poder magico de mudar o curso da história.