Numa tarde/noite de sábado chuvosa em Criciúma o jogo no Heriberto Hülse que se anunciava decisivo para o Ceará, mesmo antes de seu início se transformou num simples amistoso. Com o encerramento dos jogos da tarde o time cearense confirmou o acesso e foi à campo apenas para cumprir tabela. E se comportou como tal.
O Criciúma com Grizzo no comando interino apresentou novidades com alguns garotos ganhando oportunidade, mas foi novamente sofrível em se tratando de qualidade e apesar da entrega de muitos não conseguiu jogar o mínimo para ganhar o jogo contra um time anestesiado pelo sentimento de missão cumprida.
O gol do Criciúma, como sempre, foi resultado de uma bola parada e o Ceará marcou num contra-ataque, aliás no único lance em que verdadeiramente buscou o gol.
Além do fraco futebol a noite ficou marcada pela falta de público que não fosse a boa presença do torcedor do Vozão seria o pior da história do Heriberto Hülse em jogos oficiais. Torcedores que vivem outra temporada frustrante sem esperanças de um futuro diferente.
Alguns extrapolaram nesta frustração com ataques verbais à três jogadores numa manifestação absolutamente sem sentido que machucou os atingidos e que coloca em dúvida a continuidade destes atletas no clube.
São jogadores com contrato, o goleiro Luís ídolo da maioria dos torcedores não merece o carimbo de mercenário, Diego Giaretta faz o que pode improvisado numa lateral e o volante Barreto, prata da casa, pode cometer alguns excessos, mas sempre mostrou dedicação quando entra em campo.
O incidente após o jogo no pátio do estacionamento do Heriberto Hülse, num bate-boca flagrado pelo Jotha Del Fabro, entre o presidente e um torcedor mostra um dos motivos que afugentam as pessoas do estádio.
A falta de planejamento que é a marca desta gestão faz do Criciúma um time comum e os resultados são apenas consequência da forma como o futebol está sendo administrado.