Lisca fora do Criciúma era pedra cantada.
A fuga da coletiva em Tubarão já era sinal claro de sua saída. As alegações foram de praxe, sem resultados satisfatórios, as saídas do diretor e do preparador físico, todos ingredientes que fazem parte de um enredo próprio do futebol.
Agora fica a grande questão. O que fazer com os jogadores indicados que não conseguiram responder de maneira positiva? Será que ainda sem completar um turno do campeonato já tem uma barca de plantão? E o Grizzo, hem? Funciona como tapa buracos sem ainda ganhar a confiança da própria direção para ter continuidade.
Assume interinamente outra vez numa roubada.
Quando comprou a G.A. no final de 2015 Jaime Dal Farra contratou para técnico seu companheiro de fé Roberto Cavalo e deu continuidade, tanto que Roberto Cavalo durou até o final da temporada seguinte. Terminou o catarinense na terceira colocação, foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil pelo Operário de Ponta Grossa-PR e terminou a série B em 8º lugar.
Em 2017 o Criciúma começou a temporada com o técnico Deivid que também terminou em terceiro lugar no campeonato estadual, na Copa do Brasil foi eliminado na terceira, mas não suportou o início lamentável da série B com três derrotas nos três primeiros jogos.
Luiz Carlos Winck veio na sequência e tirou o Criciúma da zona do rebaixamento. Durou até a 24ª rodada quando mesmo em oitavo lugar dava esperanças de acesso pela qualidade do trabalho. Por estas questões absurdas que o futebol proporciona o então diretor Edson Gaúcho resolveu demiti-lo e o time perdeu consistência com Beto Campos no comando e terminou com Grizzo como técnico nas duas últimas rodadas. O Criciúma terminou em 13º muito próximo da zona do rebaixamento.
Agora as fichas foram jogadas sobre o Lisca que não durou mais que quatro rodadas no campeonato estadual. O entra e sai de diretores, lembro de alguns, Skinner, Pelaipe, Edson Gaúcho, Chumbinho não permite que seja feito um planejamento acima de mais nada profissional. E tem o Emerson Almeida circulando pelo departamento desde a chegada do Dal Farra.
Não acredito em cabeça de burro enterrada no CT ou no Heriberto Hülse.
Acredito que existe algo muito forte nas entranhas do Criciúma, algo que não vem à público e que impede o futebol de seguir seu curso normal em busca de bons resultados.
Pode não ser apenas as dificuldades financeiras proclamadas em todo e qualquer pronunciamento do presidente.