Quando um time tem prioridade para buscar o gol na bola parada tem que ter qualidade nos cruzamentos, sejam de escanteios ou de faltas laterais. O Criciúma priorizou este tipo de ataque e não obteve sucesso em mais de uma dezena de situações para gerar sequer um golzinho.
Teve alguns arremates de fora da área em que apenas um exigiu defesa do goleiro do Ituano, outros foram desperdiçados por falta de qualidade nas finalizações. Apesar de poucas jogadas pelas beiradas do campo, o Criciúma foi impotente para conseguir o gol que seria o da tranquilidade para o acesso.
A expulsão do Claudinho no final do primeiro tempo não foi sentida, pois o time voltou mais decidido para a etapa final quando teve o domínio da posse de bola, mas incapaz de criar situações para deixar o Ituano desconfortável no jogo.
O time do Mazola Júnior que veio para se defender a conquistar o empate foi cirúrgico em sua proposta. Marcou forte pela entrada da área, dominou com tranquilidade e eficiência a bola aérea e teve o contra-ataque, sua principal jogada, sem as opções para vencer o jogo, pois não teve chances de gol e o esquema montado pelo técnico lhe deu o acesso.
O técnico Cláudio Tencati explicou na coletiva pós jogo sua estratégia. Tem a teoria da melhor qualidade, mas se percebe que faltam jogadores com capacidade para praticar seus ensinamentos.
A situação do Criciúma ficou difícil, mas não desesperadora. A vitória do Botafogo sobre o Paysandu no complemento da rodada colocou um molho maior na última rodada.
O time paraibano assumiu a segunda posição e depende de uma vitória simples em Itu para garantir a vaga. O Criciúma tem que vencer de qualquer maneira o Paysandu em Belém e ficar na expectativa do jogo entre Ituano e Botafogo.
Mais uma vez Criciúma ficou devendo, mas o importante é que continua vivo mesmo não dependendo de suas pernas para chegar série B.