Sei que a maioria dos torcedores são passionais, até entendo, mas a paixão vai de encontro a razão e cria uma situação que em alguns momentos não trazem benefícios pela intolerância.
O que tenho ouvido de torcedores do Criciúma sobre a vinda de dois jogadores do sub-20 que disputavam a Copa São Paulo é exatamente o que chamo de intolerância.
Vamos examinar sem paixão. O time de garotos da base fez uma excelente primeira fase, ultrapassou a segunda e em minha opinião cumpriu muito bem sua participação no torneio. Ou esperavam que o time chegaria ao título?
Ser eliminado na terceira fase ou mais adiante é a mesma coisa. Ninguém lembra de um vice-campeão, que neste torneio não quer dizer absolutamente nada. Serviria apenas para massagear o ego se tal ocorresse. E daí?
Um time sub-20 serve muito para abastecer o time profissional e quem se destaca na categoria tem obrigatoriamente que ser integrado ao time principal.
Foi o caso de dois jogadores que se destacaram nos primeiros jogos da Copinha e foram contemplados com a oportunidade de conviver com o grupo principal do Criciúma. É o caminho natural dos jogadores da base de qualquer clube que tem ambições em sua caminhada.
Então peço que as viúvas do sub-20 entendam que a base de qualquer clube existe para fornecer mão de obra para os profissionais e não somente para ganhar títulos. Parabéns ao técnico Cláudio Tencati e sua comissão que entendem perfeitamente o que está em jogo.