Conquistar a Taça Libertadores da América de uns tempos para cá virou obsessão dos times brasileiros e certamente de muitos grandes clubes do futebol sul-americano.
Além do prestígio e de alguns dólares, digo alguns se compararmos com a Champions League europeia, a maior competição de clubes do planeta, a Libertadores indica o campeão sul-americano que irá disputar o Mundial de Clubes no final do ano com o gigante campeão europeu. Desde que nenhum africano intruso elimine os favoritos.
Lá nos primórdios da Libertadores não havia tanto desespero dos clubes, principalmente os brasileiros para vencê-la, pois o Mundial de Clubes ainda era incipiente no formato em que o campeão europeu enfrentava o sul-americano em jogos de ida e volta.
Na terceira edição do torneio em 1962 o Santos de Pelé foi o campeão numa decisão contra o Peñarol depois de três jogos intensamente disputado.
O primeiro jogo foi em Montevideo e o Santos venceu por 2x1 com dois gols do Coutinho contra um de Spencer dos uruguaios.
Quando se esperava uma vitória tranquila dos brasileiros no jogo da volta na Vila Belmiro, o Peñarol conseguiu empatar o confronto vencendo por 3x2. Dorval e Mengálvio marcaram para o Peixe, enquanto Sasia e Spencer duas vezes deram a vitória dos visitantes.
É bom lembrar que Pelé não jogou nestas duas partidas ainda se recuperando da lesão na virilha sofrida na Copa do Mundo do Chile.
O Rei do Futebol voltou para a partida decisiva que foi jogada em Buenos Aires no final do mês de agosto. Com Pelé o Santos fez o Peñarol presa fácil de conquistou sua Libertadores com a vitória por 3x0. Pelé fez dois e o zagueiro uruguaio Caetano marcou contra.
O Santos jogou com Gylmar, Lima, Mauro e Dalmo. Zito e Calvet; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Na decisão do Mundial o Santos venceu o Benfica de Portugal por 3x2 no Maracanã e por 5x2 em Lisboa sagrando-se o primeiro time brasileiro campeão mundial de clubes.