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Profissionalismo x Amadorismo

Almanaque da Bola #439

Por João Nassif 05/10/2019 - 21:35

A exemplo do Mundial do Uruguai a seleção brasileira novamente não levou a um Mundial sua força máxima. A briga agora não era mais pela rivalidade entre cariocas e paulistas, mas sim pelo profissionalismo no futebol que começava no país. 

A CBD amadora e a APEA, profissional não permitiram que os melhores jogadores paulistas em atividade naquela época fossem convocados. Romeu, Lara, Gabardo, Junqueira e Tunga, todos jogadores do Palestra Itália chegaram a ser escondidos numa fazendo em Matão (SP) para não serem convocados. O lugar era tenebroso que assustou os próprios jogadores que depois foram transferidos por um dirigente do clube para sua casa de praia. 

A divulgação dos resultados era feita pelas agências de notícias que recebiam telegramas da Itália e os mostravam em painéis instalados em suas próprias vitrines. 

Em São Paulo a divulgação do resultado do único jogo do Brasil contra a Espanha e que causou a desclassificação gerou grande revolta entre os torcedores que inclusive ameaçaram depredar a sede do Palestra Itália localizada no centro da cidade. O prédio foi cercado pela polícia que efetuou várias prisões de torcedores mais exaltados. 

Mesmo com a derrota no único jogo que disputou na Copa apareceu para o mundo Leônidas da Silva que marcou o gol brasileiro contra a Espanha e que se tornaria o artilheiro quatro anos mais tarde no Mundial disputado na França. 

Por ter sido eliminado no primeiro jogo a seleção brasileira aproveitou a viagem para fazer dois amistosos na Europa, um em Belgrado onde foi derrotada pela seleção iugoslava por 8x4 e outro Zagreb quando empatou em 0x0 com o Gradjanski, um time local.
 

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