Está sendo trabalhada nos bastidores a sucessão no Criciúma EC.
Com o aval do ex-presidente Moacir Fernandes que idealizou um projeto de recuperação do clube, Valcir Zanette, vice-presidente do Conselho Deliberativo está incumbido de arregimentar pessoas para formar um grupo que dará suporte financeiro para a encarar o retorno em alto nível do futebol do Criciúma.
A ideia é boa, a questão é saber se haverá pessoas disponíveis a injetar recursos no clube neste momento de extrema dificuldade da economia brasileira.
Este grupo, pelo projeto, será um grupo de investimentos com cotas de participação que distribuirá dividendos e lucros de acordo com o andamento dos negócios, compra e venda de jogadores. As despesas administrativas do clube serão pagas com a venda dos produtos que o clube colocará à disposição da comunidade, como camarotes, camisas, brindes, placas de publicidade, enfim tudo que seja relacionado com a marca Criciúma EC.
Está aventada a possibilidade de serem marcadas eleições para troca da diretoria executiva já para o mês de julho. E aí fica criado um impasse que somente seria solucionado com o aval do atual presidente Jaime Dal Farra.
Existe um contrato que mesmo já anunciado que será rompido unilateralmente ao final da temporada 2020 ainda está em vigência. Para que haja a eleição de outra diretoria o contrato teria que ser rompido antes do previsto e com aval do atual presidente.
Suponhamos que assim seja feito, a G.A. é dona de todos os ativos (jogadores) que estão registrados na CBF como pertencentes ao Criciúma. Fica estranho, os jogadores pertencem à uma empresa que não pode, por lei, ser dona de jogadores e qualquer negociação é assinada pelo presidente do clube que, no caso, não seria mais o Jaime, será que este aceitaria? É um problema, não vejo como antecipar a eleição.
Como afirmei, a ideia do Moacir é boa, mas de difícil execução, tanto na parte legal como também na captação de investidores. Quem sabe quando a G.A. se afastar completamente e a economia voltar a girar de maneira satisfatória a situação fique mais favorável para andamento do projeto de recuperação do Criciúma EC.