Dois jogadores defendendo a seleção da Suíça na última Copa do Mundo simbolizaram para todo o planeta a relação do futebol com a política.
A Suíça venceu a Sérvia de virada por 2x1 com gols marcados por Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri e na comemoração dos gols os dois fizeram uma manifestação política em favor de suas origens.
Com as mãos Xhaka e Shaqiri imitaram uma águia negra de duas cabeças, símbolo da bandeira da Albânia. A ação pode ser considerada pela Sérvia uma grave ofensa, pois a Sérvia luta contra as tentativas de independência de Kosovo, um enclave sérvio onde a maioria da população é de origem albanesa.
Xhaka nasceu na Suíça, mas seus pais são kosovares. Seu pai foi preso político na Iugoslávia durante mais de três anos por participar de manifestações contra o governo comunista da Sérvia.
Shaqiri nasceu em Kosovo quando a região fazia parte da antiga Iugoslávia e emigrou com a família para a Suíça em 1992. O meia apresentou duas bandeiras em suas chuteiras durante a Copa, a da Suíça e a do Kosovo.
Além dos dois goleadores na partida contra a Sérvia no Mundial da Rússia, a seleção suíça contou também com Valon Behrami, outro atleta kosovar.