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Red Bull? Ferrari? Não, Mercedes!

Hamilton folga na liderança com a vitória na Hungria

Por João Nassif 29/07/2018 - 20:05

Thiago Ávila *

O chefe da Mercedes Toto Wolff já declarou em entrevista que as pistas que ele menos gosta são Mônaco, Singapura e Hungria. Acho que ele mudou de ideia depois de ver seu queridinho piloto tetracampeão fazer a pole e ganhar a corrida com folga numa pista de total domínio de Ferrari e Red Bull.

Um fim de semana que começou com Vettel e Ricciardo liderando os treinos livres e prováveis donos da pole no sábado à tarde na Hungria, ainda mais que o histórico recente favorece as duas equipes... no seco.

O problema é que o tempo começou chuvoso no treino classificatório e variou durante as sessões. No Q1 foi o período com maior variação, misturando todo o grid e tendo os seis principais pilotos quase eliminados. 

Já o Q2 começou seco, sem chuva, e todos vieram de pneu slick, com exceção de Vettel. E o alemão levou sorte, pois começara a chover. Com o tranquilo tempo de 1:28,6, Seb assegurou a liderança da sessão e o favoritismo para a pole. Quem se deu mal foi Daniel Ricciardo, que depois de quase cair no Q1, não foi melhor que o 12º lugar.

A chuva se intensificou ainda mais no Q3 e agora não havia carro que salvasse, tinha que ser no braço. Fazendo uma volta espetacular, Raikkonen atinge a marca de 1:36,1 e se mantém como um dos favoritos na conquista da pole. Vettel não consegue melhorar e fica a dois centésimos atrás. Quando tudo parecia terminar com 1-2 da Ferrari, Bottas faz o melhor segundo setor e supera o tempo de Kimi em 0,2s. “Se Bottas pode, eu também posso”, deve ter pensado Hamilton, e lá foi ele cravar o tempo de 1:35,6 e dizer quem manda.

Um treino classificatório fantástico, corrida nem tanto. Num circuito tradicionalmente de pouquíssimas ultrapassagens, Lewis parecia favorito, ainda mais quando se tem um companheiro servindo de escudo.

Lewis Hamilton-vencedor na Hungria

E assim foi durante toda a corrida. Depois (óbvio) de Raikkonen deixar Vettel passar, o alemão pressionou Bottas sem parar, e enquanto o finlandês segurava, Hamilton ia abrindo vantagem. Nem a estratégia de Sebastian parar mais tarde funcionou.

Faltando cinco voltas para o fim, Vettel foi pra cima e ganhou a posição de Valtteri, que passou demais na curva e acabou acertando a asa dianteira na volta, perdeu até para Kimi. A mais de 20 segundos de Lewis, Seb não conseguiu tirar nem um quarto da diferença até o final da prova e terminou em segundo. Já Bottas sofreu muito com a perda de rendimento e ainda se enroscou com Ricciardo, perdendo mais uma posição.

Agora são férias. Um mês para estudar os erros, descobrir quais são os pontos fortes dos adversários, testar os melhores ajustes para o carro e voltar para a segunda metade com um rendimento melhor ou pior. Lembremos que ano passado a Ferrari terminou o GP da Hungria em alta e terminou o campeonato sendo dizimado pela Mercedes e até pela Red Bull.

* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS
 

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