Posso até ter tido uma recaída ao dizer que empatar é um bom resultado, mas as circunstancias podem determinar um grande elogio quando se enfrenta um adversário que todos entendiam como favorito para o confronto.
Até o próprio presidente Anselmo Freitas, numa entrevista antes do jogo, afirmou que o América é um time melhor, pois vinha jogando há muito tempo e o Criciúma ainda estava no início de um trabalho.
Pois bem, o favoritismo do time mineiro começou cair por terra quando no primeiro minuto teve um pênalti desperdiçado o que influiu diretamente no espírito do jogo. O Criciúma podo continuar com a proposta de anular os principais jogadores do adversário e o América abatido emocionalmente não conseguiu mostrar o repertorio que o fez ser um time badalado pelo Brasil a fora.
Inclusive o técnico Lisca demonstrou durante todo o jogo seu descontentamento com a apatia do time. Sempre acostumado a trabalhar forte a beira do gramado, Lisca ficou quase o tempo todo sentado e mostrando grande abatimento.
O técnico Paulo Baier foi cirúrgico na construção da estratégia para o confronto. Montou um forte dispositivo defensivo com uma linha com cinco jogadores na linha da grande área, mais quatro um pouco mais a frente e somente o Dudu Figueiredo mais avançado para uma puxada de contra-ataque. Papel também desempenhado com qualidade pelos dois volantes, Dudu e Arílson com ótima saída de bola.
Se não rendeu muitas oportunidades em se tratando de ataque, a operação defensiva foi impecável e o resultado espetacular, além da certeza que em casa no jogo da volta é perfeitamente possível buscar a classificação.
Claro que cada jogo é uma história, mas o que foi visto no Independência, se mantido, deixou o Criciúma muito próximo das oitavas de final da Copa do Brasil.