Assim que terminar o campeonato brasileiro, uma delegação do Criciúma terá por obrigação fazer a caminhada em direção ao Santuário do Caravaggio para agradecer aos céus pela permanência do time na série B.
Foi por verdadeiro milagre que o clube encontrou em alguns adversários uma maior incompetência que lhe permitiu se tornar um dos menos pior entre os piores que participaram da disputa.
A delegação terá que ser chefiada pelo presidente Jaime Dal Farra que brincou com a sorte e não investiu o mínimo para uma campanha mais digna. Desapareceu dos microfones e há muito não vem explicar a campanha aos torcedores.
A seguir o diretor de futebol Nei Pandolfo que não conseguiu agregar um mínimo de qualidade ao plantel, seja pelo orçamento limitado, seja pela capacidade de encontrar jogadores que pudessem aumentar o nível do time. É outro que também não fala, mesmo que explicações sejam prerrogativas da função.
Logo atrás virá o técnico Mazola Júnior que fez o que pode e tenho dúvidas se é apenas o que sabe fazer com a limitação de plantel. Ficou naquela de um samba de uma nota só. Montou um forte dispositivo defensivo que beirou às raias da retranca e esperou a bola parada. Para sua sorte encontrou em Liel um salvador da pátria, caso contrário não conseguiria atingir seu objetivo de abrir para sua carreira o mercado do sul do país. Pode levar junto o volante/zagueiro artilheiro para ajudar nas preces.
Esta procissão que tem à frente a turma responsável pelo futebol terá logo atrás Robson Izidro, superintendente que foi convocado para blindar e aconselhar o presidente. Fez um bom trabalho no quesito blindagem, mas foi tão eficiente que tirou o microfone da boca do chefe. Nada como uma boa caminhada para reflexão e mudança de conceitos.
Para completar a fila dos que irão ao Caravaggio, os vice-presidentes. Meras figuras decorativas, sem voz para exigir algo mais real com a história do clube, pois são rotulados apenas para composição de chapa.
Por fim os integrantes do Conselho Deliberativo que são reféns de um contrato que dá plenos poderes à G.A. O dono da empresa não violando o patrimônio pode fazer o que bem entender em qualquer setor do clube. Irão apenas rezar por dias melhores.
Se alguns torcedores quiserem fechar a fila que o façam, mas sugiro que apenas fiquem na expectativa da Santa ouvir todas as preces e iluminar as mentes daqueles que fizeram o Criciúma de tantas glórias pagar outro vexame em mais uma temporada.