O Criciúma é o favorito disparado para o bicampeonato. Tenho insistido nesta questão desde antes do início da competição e não abro mão desta opinião. A diferença é muito grande em relação aos adversários, primeiro por ter um elenco formado a alguns anos e segundo pelo fato dos outros times estarem em processo de remontagem.
A posição do time na classificação confirma todo este quadro, apesar dos resultados serem muito melhores que os desempenhos. Em quase todos os jogos o Criciúma mesmo com a continuidade do trabalho de uma temporada para outra tem encontrado dificuldades para uma imposição técnica sobre os adversários com poucas exceções.
No futebol as coisas não são como se deseja e todos têm que ter capacidade de superar as adversidades e fazer o trabalho com tranquilidade para confirmar a superioridade, caso contrário os problemas aparecem e causam prejuízos que podem colocar por terra os objetivos.
O que mais se tem visto é o destempero de alguns jogadores e da comissão técnica quando o andamento dos jogos não são como gostariam que fosse. O próprio clube é ciente se sua superioridade e isso muitas vezes induz a uma soberba que pode causar danos no final.
As arbitragens têm sido o alvo maior das reclamações e o volume de cartões mostram esta soberba como se fosse proibido marcar qualquer lance contra o time. Tanto nas vitórias como principalmente nas derrotas. Este comportamento vem desde a temporada passada.
Contra o Brusque, depois de um péssimo jogo na segunda etapa, no primeiro tempo ainda jogou alguma coisa, a virada levou muitos a reclamar com veemência da arbitragem, gerando cartões amarelos e expulsões do técnico e de um jogador no banco de reservas.
É visível que descarregar nos árbitros os fracassos no campo é uma bengala que acaba trazendo enormes prejuízos. Seria mais honesto admitir que o time foi superado pelo adversário e perder de cabeça erguida.
De nada adianta ficar mandando notinhas para a Federação, forma antiga de pressionar as arbitragens.