Já disse várias vezes que é louvável o empenho dos clubes e da Federação Catarinense em terminar o mais cedo o campeonato catarinense. Faltam somente seis datas com oito clubes envolvidos nas quartas de final, a segunda fase da competição.
É pouco sim, mas afirmar que teremos jogos 15 dias após a liberação para os treinamentos é prematuro e irresponsável.
O próprio Dr. Luís Fernando Funchal, médico do Avaí, e um dos idealizadores do protocolo de segurança para a retomada do futebol, afirmou no SporTv que o protocolo é sugestivo e não impositivo podendo ser adaptado respeitando as curvas epidemiológicas de acordo com informações dos responsáveis pela saúde pública em Santa Catarina, seja da Secretaria Estadual como das Municipais.
E mais, depois de autorizada a volta aos treinamentos serão necessárias no mínimo duas semanas de treinamentos físicos e uma ou duas de trabalhos técnicos e coletivos, como numa pré-temporada.
Assim sendo, não vejo como precipitar o retorno mesmo faltando poucas datas, pois além de tudo há o entorno ao redor dos atletas e componentes do staff do futebol dos clubes e
também familiares com contato diário com este pessoal.
Cumprir um protocolo com testes a todo este contingente, fiscalizar viagens, hotéis, refeições, além da arbitragem, gandulas, repórteres e funcionários dos estádios é uma tarefa gigantesca e só lembrando que estamos no Brasil onde as regras básicas nem sempre são cumpridas. Nem a CBF tem ainda previsão do retorno de suas competições.
Admiro o esforço, mas peço que Santa Catarina não pretenda ser a primeira a voltar com o futebol no país.