O Criciúma é hoje o maior time de Santa Catarina, ninguém discute. Tem 18 mil sócios que quase sempre lotam o Heriberto Hülse, está com as contas rigorosamente em dia, até se deu ao luxo de comprar um ônibus que dizem custou mais de 2 milhões de reais e é o único catarinense na elite do futebol brasileiro.
É o campeão catarinense, campeão da Recopa e caminha com autoridade para o bicampeonato, pois já livrou vantagem sobre os demais concorrentes.
Existe apenas um senão nesta trajetória vencedora nas últimas temporadas que é a maneira como o clube está tratando as arbitragens do estadual. Tal superioridade deveria mostrar um time mais equilibrado, tanto os jogadores como a comissão técnica que não colaboram para melhorar o nível da arbitragem que por si só é deficiente.
A pressão exercida sobre a FCF, o departamento de arbitragem e os próprios árbitros aumentam a insegurança daqueles que tem o poder de decidir os incidentes numa partida de futebol.
Por ser o maior do estado muitos estão condenando os árbitros pelas atitudes tomadas durante os jogos. O Criciúma é o time mais indisciplinado do campeonato, já acumula seis cartões vermelhos, cinco jogadores e o técnico Cláudio Tencati, por faltas duras ou reclamações.
Dá a impressão que os jogadores entram pilhados, as preleções devem ser no sentido de um contra todos, por isso a não aceitação de marcações que não agradam. O próprio técnico quando em casa reclama o tempo todo com gestos que deixam os torcedores também na pilha.
A nota de protesto enviada à Federação aumenta a pressão e a insegurança dos árbitros. As declarações pós jogo também contribui para decisões que são equivocadas. Menos mal que o técnico afirmou após a derrota para o Brusque que a partir de agora todos jogarão mudos e calados. Que ele dê o exemplo.
Quem sabe que mudos e calados possam ajudar para melhorar a arbitragem em SC. E que nós mesmos da impressa ajudemos a qualificar todo o processo não direcionando críticas exacerbadas contra os que comandam o futebol no estado. Não inventem teoria de conspiração contra o Criciúma.