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Sem volta

Minha coluna de hoje em A TRIBUNA

Por João Nassif 28/12/2018 - 07:26

Quando um time de grande porte quer um atleta de outro com tamanho menor é certo que o negócio aconteça. O Fluminense que já usou o lateral Marlon na última temporada vai levar o jogador com a compra de um percentual de seus direitos econômicos que pertence ao Criciúma. O clube carioca já é dono de um percentual, fala-se em 20% e compraria mais 30% ficando dono da metade numa possível venda futura. 

SEM SAÍDA 
Como não tem como segurar o garoto o Criciúma se garante com uma receita que poderia ser investida num reforço de plantel. É assim que funciona, o Criciúma é formador e vendedor, então que saiba fazer um bom negocio para suprir a perda de seus jovens talentos.

PESQUISA
O portal UOL pela sua editoria de esportes fez um Pesquisão consultando 106 atletas dos principais times da série A do campeonato brasileiro. Participaram jogadores do Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco da Gama. A pesquisa ouviu também jogadores do Ceará a sensação do segundo turno do último campeonato.

O MELHOR TAMBÉM É O PIOR 
Perguntados qual o melhor narrador da TV, Galvão Bueno da Globo ficou em primeiro lugar com 29,2% da preferência. Em segundo nos calcanhares do titular veio Luiz Roberto também da Rede Globo com 25,4%. E quando foi perguntado aos jogadores qual o pior, Galvão Bueno também foi o primeiro com 14,1% de rejeição. O segundo pior na preferência dos atletas foi Alex Escobar, também da Rede Globo. Pelas respostas a TV aberta ainda é a mais assistida pelos jogadores.  

ÓTIMO PROFISSIONAL
O retorno de Paulo Pelaipe ao Flamengo resgata uma situação que muitos que transitam pelo futebol não entendem. Existem várias maneiras de comandar um clube e o Pelaipe tem uma forma de trabalhar que vai de encontro ao gosto dos dirigentes. É um profissional polêmico? Não. É autentico, fala com conhecimento tanto do mercado como do vestiário, por isso retorna ao gigante que comandou tempos atrás. Naquela época o Flamengo vivia endividado, sem recursos para investimento e mesmo assim sob a direção do Pelaipe foi campeão da Copa do Brasil, último grande título que conquistou.

SAÍDA MAL EXPLICADA
Pelaipe teve uma passagem muito rápida pelo Criciúma em 2016. Tentou implantar sua filosofia profissional no clube, mas foi impedido por vaidades que quase sempre corrompem um trabalho que pode ser produtivo. Conversei muito com ele, mas muito discreto preferiu ficar com seus sentimentos. Foi uma pena, o Criciúma há dois anos poderia ter seguido por um caminho mais consistente e de maior sucesso nas competições que teve pela frente.

MEMÓRIA
28/12/2005 – “Amém”

Quando falo em consenso quero dizer aprovado por toda diretoria. Os vice-presidente que tem área de atuação definida também têm que ser ouvidos nos assuntos referentes ao futebol que é a própria razão do clube existir. Não podem ser omissos, aceitarem o que quase sempre é imposto, pois também fazem parte da tripulação do barco. Mesmo havendo um comandante, os demais devem fazer valer suas opiniões, pois sem eles o clube ficará à deriva. A temporada deste ano serve como exemplo definitivo, quando apenas uma cabeça decidiu os destinos do time e a queda foi inevitável.

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