Ouvi muitos torcedores do Criciúma durante a semana lamentando a derrota para o Palmeiras pelo fato do time ter jogado bem. Concordei com todos, o Criciúma fez um belo jogo e apesar de não gostar muito acompanhei a opinião que não deveria ter perdido, pois não gosto de falar em injustiça no futebol.
Durante as lamentações ouvi também que o jogo contra o Cuiabá seria perigoso, não pelo adversário que era o lanterna com apenas um ponto sem marcar qualquer golzinho nos seis jogos que havia realizado, mas pelo histórico do Criciúma que de acordo com as opiniões era especialista em ressuscitar mortos.
Não concordei e algumas vezes até contestei com veemência pela insistência dos torcedores na tal de ressurreição. Seria impossível o Criciúma não vencer pelo momento dos times no campeonato. Mesmo sabendo que ninguém ganha na véspera, não imaginava outro resultado que não a vitória do Tigre.
Os muitos torcedores que ouvi e que acreditavam numa eventual zebra não representavam a imensa torcida do Criciúma que vem de há muito tempo confiando no time e lotando o Heriberto Hülse para participar de suas grandes vitórias e conquistas.
MUDANDO O DISCURSO. O que se viu contra o Cuiabá foi no primeiro tempo um arremedo de time de futebol. Permitiu ao Cuiabá marcar seus primeiros três gols no campeonato sem ameaçar em momento algum com todas as peças em campo num estágio letárgico sem qualquer indício de recuperação.
Para culminar, no primeiro movimento do segundo tempo o goleiro Gustavo acompanhando os demais jogadores engole um frango e vê o adversário abrir um impensável 4x0.
O Cuiabá depois do gol foi o Cuiabá de até então e permitiu uma pequena reação sofrendo dois gols em dois minutos deixando uma possibilidade de uma inédita reação do Criciúma. Até o glorioso Trauco ser expulso por meter o cotovelo na cara do adversário acabando com o sonho de um milagre.
O quinto gol foi consequência e pela primeira vez na era Tencati o Criciúma sofre cinco gols que deixa a expectativa de como o time irá se portar na sequência do campeonato.