A morosidade do judiciário brasileiro é tamanha que se transfere também para o futebol. Os tribunais esportivos, seja o STJD ou os TJD’s das Federações fazem questão de protelar julgamentos e decisões interferindo diretamente no andamento das competições.
A pérola em Santa Catarina foi a suspensão de um jogo pelas semifinais do campeonato entre Chapecoense e Marcílio Dias, pois um jogador do Hercílio Luz foi expulso na final da série B em dezembro de 2020. Alisson foi o jogador expulso após o final do jogo contra o Próspera.
Estou registrando que a expulsão aconteceu no dia 20 de dezembro e o julgamento ocorreu somente no dia 06 de abril quando Alisson foi suspenso por uma partida. Como o atleta não cumpriu a automática por ter sido expulso numa final de campeonato deveria que cumprir no primeiro jogo após o julgamento. Este jogo foi contra o Brusque no dia 10 pela 9ª rodada do campeonato e o atleta foi escalado.
Somente ontem no dia 29 é que a Procuradoria do TJD fez a denúncia o que provocou a suspensão do jogo pelas semifinais. Simplesmente 23 dias após a data do julgamento.
Como o Hercílio escalou de forma errada o jogador será julgado na próxima quarta-feira e deverá perder 03 pontos pela irregularidade. A punição normal seria 06 pontos, mas como o Hercílio Luz perdeu o jogo e deixou de ganhar 03 pontos perderá apenas 03, portanto haverá mudanças na classificação final da primeira fase do campeonato.
Com isso o time de Tubarão irá perder a 8ª colocação caindo para apenas 09 pontos na classificação final indo para o 10º lugar. Quem assumirá a 8ª posição e a consequente classificação será o Figueirense que enfrentará a Chapecoense pelas quartas de final. Com isso os dois jogos da Chapecoense contra o Hercílio Luz estarão cancelados.
Imaginem se com a perda de 03 pontos a queda do Hercílio interferisse no rebaixamento e, por exemplo, o Criciúma escapasse? Seria acusada uma virada de mesa. Este TJD é uma brincadeira, protela os julgamentos e interferem diretamente no andamento do campeonato.