Os jogos que completaram a 24ª rodada determinaram a queda de uma posição do Criciúma na tabela de classificação. Perdeu a sétima colocação para o Oeste do técnico Roberto Cavalo e não foi ultrapassado por Londrina e CRB que foram derrotados pelo Paraná e Brasil de Pelotas, respectivamente.
Nem foi me alongar na análise das circunstancias, pois já manifestei minha opinião há muito tempo sobre os objetivos da direção ao encarar o desafio de um eventual acesso. O investimento feito no plantel não é voltado para chegar à elite do futebol brasileiro.
Meu foco neste post é a torcida.
Torcida que não tenho mais visto no Heriberto Hülse. Aos poucos o público foi minguando chegando à ridícula média de 2.900 pessoas por jogo nesta série B. Quem já viu um estádio se transformar em caldeirão levando o Criciúma à grandes conquistas, hoje vê um salão de festas dos adversários que jogam e muitas vezes levam os três pontos com toda tranquilidade.
O que mais se ouve no Heriberto Hülse é o som de uma banda que dá seu show independente do resultado e as vaias de torcedores raivosos que pressionam os próprios atletas do Criciúma. Aliás, atletas que se esforçam, jogam no limite físico, mas com dificuldades para produzir o exigido.
Sábado pude acompanhar dois jogos que marcaram pela atuação de duas torcidas.
À tarde Vila Nova x Luverdense com vitória do time goiano no Serra Dourada e um espetáculo proporcionado pela torcida do Vila Nova. Mais 15 mil torcedores que gritaram e pularam desde o início levando seu time a buscar a vitória e consolidar a terceira posição nos calcanhares dos líderes.
E à noite o confronto entre os paranaenses no Durival Britto com mais de 14 mil torcedores empurrando o Paraná que venceu o Londrina no último lance do jogo e entrou pela primeira vez no grupo de acesso.
Vila Nova e Paraná, dois clubes que sem grandes investimentos mostraram capacidade para montar os elencos e que arrastam milhares de torcedores a seus estádios, transformando-os em caldeirões e por consequência alcançando os resultados. Se vão subir, é outra história, mas vão ao mercado e não ficam somente no discurso para mobilizar seus torcedores.