Os mais otimistas irão dizer que a campanha deste ano é superior à de 2018 e que com todos problemas enfrentados no campeonato passado o Criciúma escapou do rebaixamento e terminou num honroso quarto lugar. Na sexta rodada em 2018 o Criciúma ostentava a lanterna com apenas quatro pontos conquistados, uma única vitória, três gols marcados e sete sofridos. Os números são parecidos, a diferença está na pontuação, são seis pontos atualmente produtos de duas vitórias e o sexto lugar na classificação. Cá entre nós, são dois momentos ridículos vividos por um time que já foi referência em Santa Catarina.
TEMPO PERDIDO
Abdicar do catarinense e entrar com força na série B do campeonato brasileiro pode ser a estratégia montada pela direção do clube. Esperar que terminem os campeonatos estaduais pelo país para filtrar jogadores que possam qualificar o time é uma forma de fazer futebol. Posso não concordar, por isso mostro meu desagrado, mas ao mesmo tempo, como não tenho nada com isso faço apenas meu dever como comentarista que tem compromisso com muitos ouvintes e leitores. Gostaria que tudo fosse levado mais a sério no entendimento do que o Criciúma representa para milhares de torcedores que aos poucos vão se afastando e perdendo a ilusão na espera por dias melhores.
MOEDOR
Tenho sempre afirmado que os campeonatos estaduais são distorções inseridos no calendário do futebol brasileiro. Ocupam datas que poderiam ser melhor utilizadas para uma pré-temporada mais eficiente e com outro formato aliviariam clubes e atletas desta infinidade de jogos ao longo do ano. E mais, são verdadeiros moedores de treinadores, pois quando não são alcançados resultados imediatos estes profissionais são simplesmente descartados. Outros vêm e ocupam os espaços vagos e se não derem respostas imediatas também são crucificados. Em seis rodadas do catarinense já foram demitidos três técnicos. Paulo Baier do Brusque, Silas do Tubarão e Mabília do Metropolitano. O Doriva que fique esperto, se não ganhar no sábado poderá ser o próximo a ser moído.
MONOPÓLIO NO ESPAÇO
Com a forte entrada da Fox e do Facebook no mercado do futebol a Globo perdeu o monopólio dos jogos da Libertadores para este ano. Até 2018 a emissora mandava e desmandava na tabela do torneio tendo à sua disposição duas partidas em seu horário nobre das 21:45hs nas quartas feiras podendo escolher as praças que receberiam as imagens destas partidas. Agora com a forte concorrência terá direito a apenas uma partida que terá que ser exibida para todo o país. A Globo já declarou preferência para a transmissões dos jogos de Flamengo e Palmeiras, portanto estados como Minas Gerais e Belo Horizonte poderão ficar sem ver suas equipes na grade da emissora.
MEMÓRIA
05/02/2003 – “RESERVAS”
Reposição é o que não falta para o técnico Abel Ribeiro. O Criciúma tem hoje dois jogadores para cada posição e mesmo sem três titulares poderá apresentar um time qualificado para o jogo do final de semana em Ibirama. Acima de qualquer esquema tático, será muito importante o espírito de luta. O jogo será num gramado de dimensões reduzidas o que exigirá uma pegada muito forte. Depois de ficar com dois jogadores a menos e segurar o Figueirense que buscava o empate, o grupo do Criciúma mostrou de novo garra e motivação, entrou de vez no campeonato e poderá com a mesma vontade conquistar a primeira vitória fora de casa.