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Vitória na bola, empate na briga

Almanaque da Bola #533

Por João Nassif 07/01/2020 - 09:31

O campeonato sul-americano de 1959, o 26º da história foi disputado na Argentina e teve os anfitriões como campeões.

Além dos donos da casa outras seis seleções participaram do campeonato: Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. A disputa foi em turno único com todas jogando contra todas e o empate em 1x1 na partida final entre Argentina e Brasil deu o título aos argentinos.

O Brasil empatou com o Peru no primeiro jogo e por isso a Argentina tinha a vantagem do empate na rodada final.

Mais que um vice-campeonato o campeonato ficou na história do futebol brasileiro pela batalha campal na partida contra o Uruguai. Foi a famosa “Batalha do Rio da Prata”.

Tudo começou com o brasileiro Almir, o pernambuquinho briguento. A encrenca foi com o zagueiro uruguaio Willian Martinez, outro que não fugia da briga.

Didi e a voadora

Lá pelos 30 minutos do primeiro tempo Almir disputou uma bola pelo alto com o goleiro Leivas e na queda o brasileiro pisou no estomago do uruguaio. Foi o estopim. Gonçalves e Davoine chutaram Pelé que revidou. Willian Martinez que foi à caça de Pelé foi derrubado pelo massagista Mário Américo. Martinez caiu e foi chutado por Pelé e Coronel. 

Gonçalves saiu atrás de Chinezinho e foi derrubado por um soco violento de Paulo Valentim que saiu do banco de reservas. Belini teve o ombro deslocado, Castilho cortou o supercílio e Orlando perdeu dois dentes.

Quando a polícia acabou com a briga o árbitro chileno Carlos Robles expulsou Almir e Orlando do Brasil e Davoine e Gonçalves do Uruguai.

Com nove para cada lado nos segundo tempo o ponteiro uruguaio Escalada abriu a contagem, mas Paulinho Valentim que havia substituído Coronel fez três gols e deu a vitória ao Brasil. 

Quando o árbitro apitou o final do jogo um grupo de jogadores uruguaios cercou o capitão Belini. O atacante Sasia deu-lhe a mão e quando Belini o cumprimentou com a mão direita, o uruguaio com a esquerda deu-lhe um soco violento no rosto.

Surgiu Didi que com uma voadora derrubou o uruguaio e tudo recomeçou até a polícia novamente separar os brigões. Assim acabou a “Batalha do Rio da Prata”. 
 

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