Jorginho Mello faz balanço do governo e anuncia nova rodada de visitas aos prefeitos eleitos

Na última segunda-feira, o governador Jorginho Mello concedeu uma entrevista coletiva na sede da Acaert, a Associação Catarinense das Emissoras de Rádio e TV, em Florianópolis, para fazer um balanço dos dois primeiros anos de seu governo. Mesmo já tendo cumprido metade de seu primeiro mandato, Jorginho Mello mantém uma aprovação entre os catarinenses que remete ao percentual das urnas em 2022, quando fez 70% dos votos. Dois anos depois, o índice dos que aprovam seu governo é de 75%, conforme uma pesquisa contrata pelo Grupo ND e realizada pelo Instituto Mapa. Alguns pontos da entrevista chamaram atenção, como quando ele citou o andamento das obras na rodovia SC-108, que liga Criciúma, Cocal e Urussanga. Ele disse que fizeram “demagogia e politicagem antes de estar tudo pronto”, em referência a ordem de serviço assinada ainda no governo Moisés. Segundo o governador a obra está sendo executada nas duas pontas e que o trecho que compreende o meio da obra passa pela fase de desapropriações. Durante a entrevista, esse foi o principal questionamento dos jornalistas da região Sul que puderam participar de forma remota e enviar suas perguntas.

Governador anuncia visita aos prefeitos eleitos

Outro ponto que chamou atenção na entrevista foi quando Jorginho anunciou que fará uma nova rodada de visitas a todos os prefeitos do estado em fevereiro de 2025. Ele já fez isso no início de seu governo e pretende repetir a visita agora, quando a configuração político partidária do estado, sofreu importantes alterações. O MDB, por exemplo, perdeu o posto de partido com maior número de prefeituras sob seu comando e passou ocupar o segundo lugar. Já o PL mostrou que a organização do partido deu resultado na urna. Pulou de 28 prefeituras em 2020 para 90 em 2024. Isso sem contar os prefeitos ou prefeitas eleitas por outras siglas e que vão migrar para o PL, já que chefes do executivo podem trocar de partido sem o risco de perder o mandato.

E o MDB, governador?

Questionei ao governador durante a coletiva sobre a articulação com o MDB, especialmente sobre qual será o espaço destinado ao deputado federal Carlos Chiodini em seu governo. Jorginho disse que não há pressa para resolver o assunto e fez questão de relembrar que “se elegeu sozinho”, o que pareceu um recado a quem exige espaço em sua gestão.

Jorginho & Vaguinho

A visita do governador aos prefeitos está prevista para começar em fevereiro e eu sei que você também está curioso, curiosa para saber como será a relação entre o Governador do Estado e o prefeito eleito de Criciúma, Vagner Espindola (PSD). É que a eleição na cidade deixou marcas e, embora muito do discurso de "guardar as bandeiras e olhar pra frente" ainda não tenha acontecido, na prática, é sempre bom que estado e município tenham boa relação. Como os próprios políticos gostam de dizer: é pelo bem da cidade!

Novos ares na gestão municipal

Por falar em Criciúma, a montagem do governo do prefeito eleito sugere que novos tempos e novos ares estão por vir. Isso, porque, a equipe anunciada até o momento por Vaguinho lembra pouco o governo Clésio. Apesar de algumas realocações como é o caso do então Secretário da Fazenda, Celito Cardoso que vai deixar a pasta, mas permanecerá no governo, outros nomes dão uma cara nova pra gestão municipal. É o caso da vereadora eleita Dudi Sonego que será Secretaria de Assistência Social do município. Uma pasta que tem tudo a ver com o trabalho já prestado pela Dudi e que precisava de um rosto novo pra deixar pra trás a má impressão deixada no último ano. Dudi certamente é o nome certo, no lugar certo.

Fim do governo Salvaro 

Resta saber como os criciumenses vão reagir ao fim do mandato de Clésio Salvaro. Se vão sentir falta ou se vão acostumar rápido com o novo prefeito. Salvaro que agora tem pela frente só mais uma semana como prefeito de Criciúma, nunca escondeu que no que dependesse dele, ele continuaria a frente da gestão municipal, o que não é possível em razão de já ter cumprido dois mandatos consecutivos. Mas ele pode voltar em 2028, se quiser. De todo modo, o prefeito fez uma gestão que deixou marcas importantes para a cidade e, embora tenha tido um último ano como prefeito bem diferente do que imaginou, seu nome está marcado na história da cidade. Como será Clésio Salvaro sem o cargo de prefeito e qual será seu destino em 2026 é a pergunta de milhões.