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Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), erra o discurso e Chapecó fica sem desfile de 7 de setembro

Enquanto isso, em Criciúma, Clésio Salvaro acerta o tom no 7 de setembro

Por Maga Stopassoli 07/09/2023 - 12:10 Atualizado em 07/09/2023 - 14:59

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues cancelou os atos cívicos de 7 de setembro. Ele anunciou sua decisão num vídeo publicado em suas redes sociais, informando que se reuniu com os secretários do município e a decisão foi pela suspensão dos desfiles. No vídeo, ele diz:

“Queremos comunicar oficialmente a toda população, alunos, familiares, pais, enfim, Chapecó não terá parada cívica. Por que? Porque recebemos informações importantes de alguns grupos que estariam se organizando para promover atos no decorrer do desfile”.

Ao usar o verbo “estar” no futuro do pretérito, quando algo poderia ter acontecido, mas não aconteceu, João Rodrigues não explica nada, além da tentativa de permanecer abraçado ao bolsonarismo. O prefeito achou que puxaria a fila do cancelamento dos desfiles de 7 de setembro, mas falou sozinho e fez Chapecó passar essa vergonha. Ninguém mais cancelou. Ainda no vídeo, João cita o Marco Temporal, os produtores de leite e diz que “levando em considerações uma série de coisas”, nós estamos suspendendo (os desfiles). “Amanhã (hoje), terá apenas o hasteamento da bandeira por conta da Guarda Municipal e da Secretaria da Educação”, finalizou.

O tom adotado por João Rodrigues destoa do tom costumeiramente adotado pelo seu partido, o PSD. O prefeito parece preso às narrativas bolsonaristas de 2018, embora o esforço para isso seja muito maior estando num partido que não seja o próprio PL. Tentar ser bolsonarista fora do partido do ex-presidente deve dar uma canseira danada. O PSD, especialmente em Santa Catarina, tem nas figuras do deputado estadual Julio Garcia e, do atual presidente, Eron Giordani, a representação do bom relacionamento e do diálogo, que em nada lembram a postura de João, que misturou lé com cré e cancelou os desfiles de sua cidade, por questões estritamente ideológicas. É a primeira vez que se vê um prefeito cancelar um evento com base em nada, já que “informações importantes de alguns grupos”, como ele diz, não traz nenhuma informação ou ameaça palpável. Além do que, é função do chefe do executivo, garantir a ordem e a segurança da população, possibilitando o livre direito à manifestação pacífica, caso ocorresse. Na publicação, os seguidores discordaram da postura do prefeito.

Salvaro acertou 

Enquanto João Rodrigues tropeça na tentativa de cancelar o 7 de setembro, o prefeito de Criciúma acerta no discurso. Logo no começo do dia, Clésio Salvaro (PSD), também publicou um vídeo nas redes sociais convidando os criciumenses para o desfile que todos os anos ocorre na Rua da Gente, no bairro Próspera.

“É um momento patriótico, um momento cívico, de demonstrar amor à pátria. Esse é um momento que não pertence a um governo, a um partido político”, disse Salvaro.
O tom adotado pelo prefeito criciumense também traz de modo sutil, a intenção de descolar a data do atual partido do presidente da República, o PT, e do próprio Lula. Mas, com a habilidade de sempre, Salvaro escolhe as palavras e acerta o tom. 

Manifestação em frente ao palco

Durante o desfile em Criciúma, um grupo de manifestantes parou em frente ao palco onde ficavam as autoridades e fez uma manifestação pacífica contra o racismo.

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