Causou boa impressão os primeiros onze nomes convidados por Jorginho Mello para o seu secretariado. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (5), em Florianópolis, na sede da Defesa Civil.
Entre os pontos que chamaram atenção no anúncio do governador eleito, um deles foi o fato de não ter coletiva de imprensa, algo que é comum nestes casos. O novo chefe do executivo divulga os nomes que convidou e, depois, responde perguntas dos jornalistas. Mas não foi o que ocorreu. No convite enviado pela assessoria de Jorginho, ainda na semana passada, constava que ele faria, de fato, um anúncio, ou seja, não era convite para coletiva. E assim foi. A “solução” para evitar responder perguntas não foi difícil. É que o Secretário Nacional da Defesa Civil estaria em Santa Catarina para avaliar os estragos provocados pela chuva e Jorginho participou da reunião entre o secretário, o atual governador e parlamentares. Assim, fez o anúncio e dirigiu-se para outra sala.
Outro ponto que chamou atenção foi quando ele disse “escolhi os melhores quadros” e “chegar fazendo”, numa referência de como deve ser o começo de seu governo.
Governo técnico (e político)
Uma das coisas que Jorginho fez questão de ressaltar durante sua quase coletiva foi que seus indicados são “técnicos”. Ele quis dizer que optou por técnicos nos assuntos e não “políticos”. Embora a preocupação do novo governador até faça algum sentido, é válido destacar que: ao estar num ambiente político, toda indicação é política. Pode não ser político-partidária, mas é política, no sentido de estabelecer boas relações entre a pasta para a qual a pessoa foi nomeada e a sociedade catarinense. Dito isso, não há motivos para se preocupar com as nomenclaturas das indicações. Não importa se é “técnico” ou “político”, o que vale é fazer um bom trabalho.
Nenhum nome do Sul no anúncio de hoje
Na lista anunciada hoje, Jorginho não convocou nenhum nome da região Sul. Mesmo assim, Criciúma será diretamente beneficiada já que a indicação da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) para a Secretaria da Saúde, abre a vaga para que a deputada federal não reeleita, Geovânia de Sá (PSDB), possa assumir, pois ficou como 1ª suplente na federação. Sendo assim, Criciúma passa a contar com quatro representantes na esfera federal. Geovânia de Sá, Daniel Freitas e Júlia Zanatta, ambos do PL, Ricardo Guidi (PSD).
Outro convite que também beneficiou o Sul, foi Aristides Cimadon para a Secretaria de Educação. É que ele era o presidente do sistema Acafe (associação Catarinense das Fundações Educacionais) e tinha como vice-presidente a reitora da Unesc, a Professora Luciane Ceretta. Com a ida de Cimadon para a educação, Luciane Ceretta foi definida por aclamação, a nova presidente da Acafe (em cerimônia de posse que ocorrerá dia 12 de dezembro). Ceretta é mais um nome do Sul com reconhecido trabalho prestado à comunidade acadêmica pelo seu modelo de gestão e com grande prestígio e bom trânsito no meio político. Sendo assim, ainda que por enquanto não tenham surgido nomes da região sul para o secretariado de Jorginho, as indicações do novo governador impactam toda a região.
Veja a lista com os onze escolhidos:
Secretário de Administração – Moisés Diersmann (atual coordenador da transição de governo)
Secretária de Saúde – Carmen Zanotto (deputada federal)
Secretário de Educação – Aristides Cimadon (reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina)
Chefe da Casa Militar – tenente-coronel José Eduardo Vieira
Comandante-Geral da Polícia – José Eduardo Pelozato
Procurador-geral do Estado – Márcio Vicari (advogado)
Secretário da Fazenda – Cleverson Siewert
Secretaria Geral de Governo – Daniele Corporate
Secretaria de Articulação Nacional – Vânia Franco
Secretaria de Agricultura e Pesca – Valdir Colatto (ex-deputado federal)
Secretaria de Prevenção e Defesa Civil – Coronel Armando (atual deputado federal que não se reelegeu).