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"Senhor Secretário, na escola a gente trabalha para que nossos adolescentes não escolham álcool", diz Carminatti ao secretário de Educação

Deputada mandou o recado após declaração polêmica de Cimandon

Por Maga Stopassoli 02/04/2023 - 21:23 Atualizado em 03/04/2023 - 09:48

A semana que passou foi recheada de polêmicas envolvendo um dos principais temas do governo: a educação. Não bastassem todos os esforços que o executivo estadual deverá empregar para aprovar e colocar em prática dentro do prazo anunciado o Programa Faculdade Gratuita, outros assuntos dominaram a pauta relacionada à SED. No começa da semana, a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação precisou correr para explicar (ou, pelo menos, tentar explicar) o corte brusco no número de bolsas destinados ao Bolsa Estudante, programa criado no governo passado para diminuir a evasão escolar. A justificativa parece não ter convencido. Tanto é que o Ministério Público se manifestou em seu site oficial informando que instaurou procedimento para apurar a redução pelo Governo do Estado na oferta de bolsa-estudante para alunos do ensino médio catarinense. Na terça-feira, (28), o Promotor de Justiça Marcelo Brito de Araújo enviou um ofício à Secretaria de Educação com questionamentos sobre o assunto. O prazo para resposta é de dez dias úteis.

Em entrevista à Rádio Cidade Tubarão, na última quinta-feira (30), o ex-governador Carlos Moisés disse que o corte de verba para as bolsas era um ato de crueldade.

“Se nós não investirmos em educação, nós não vamos transformar o mundo. E a partir desses investimentos em bolsas, é que a gente dá oportunidade. A educação vai transformar a política. A consciência política passa pela educação. O corte dessas bolsas é um ato de crueldade com o aluno carente”, disse.

Também na semana passada, o Secretário de Estado da Educação, Aristides Cimadon, ao lado da adjunta da pasta, Patrícia Luerdes, num vídeo publicado numa rede social, disse:

“Eu sempre ouvi e agora enfrentei assumindo aqui a Secretaria de Estado da Educação, com a Patrícia, essa proibição de na escola não fazer festa, não vender pastel, não vender chope, não vender cerveja, quentão, e nós fizemos, analisamos, inclusive conversamos com o Ministério Público que alguém dizia assim que o MP proibia. Não tem disso. Acho que inventaram aí um pouco de preguiça pra não envolver a sociedade e a família na escola, sabe, Patrícia".

Ele se referia a declaração do secretário Aristides Cimadon que provocou reações imediatas. A deputada Luciane Carminatti (PT) que integra, entre outras comissões na Alesc, a de Educação, Cultura e Desporto, mandou um recado sem meias palavras a Cimadon.

"Quando o Secretário de Estado da Educação diz que a escola TEM QUE VENDER BEBIDA ALCÓOLICA em eventos; vê o Dia da Família na Escola como ação pras APPs arrecadarem dinheiro e ainda diz que os profissionais da Escola não fazem isso por PREGUIÇA, eu nem sei por onde começar. Senhor Secretário, na ESCOLA a gente trabalha para que nossos adolescentes NÃO escolham álcool, nem nenhuma outra droga, seja lícita ou ilícita. O Dia da Família na Escola é para integração de cunho pedagógico. O dever de financiar a Educação é do ESTADO. E não, nossos professores e as equipes pedagógicas NÃO TÊM PREGUIÇA. O que eles não têm é estrutura adequada, salário justo e apoio. Minha solidariedade ao magistério estadual diante dessa manifestação infeliz e, às APPs, sigam contando conosco".

Na esteira das polêmicas protagonizadas pela pasta, sobrou tempo para mais um episódio. É que um outro corte foi anunciado. Até dezembro do ano passado, diretores de escolas públicas estaduais recebiam um cartão com um limite de R$ 5 mil reais para gastos eventuais. O valor caiu para R$ 3 mil nem nenhum aviso prévio.

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