No sábado 14 de outubro, Kailua Kona no Hawaii, reuniu os melhores triatletas do mundo para a competição mais importante do Triathlon.
O Ironman World Championship (mundial da distância IRONMAN) acontece no Hawaii desde 1978.
De lá pra cá, aumentaram os participantes (de 15 na primeira edição para 2500 desse sábado) e diminuíram os tempos finais para os 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida (de 11:46:40 para o recorde quebrado nessa edição pelo vencedor Patrick Lange que cravou 8:01:40)
Alguns detalhes chamaram a atenção nessa competição:
*Um grupo de aproximadamente 30 atletas saíram praticamente juntos da etapa da natação (incluindo nossos 3 representantes brasileiros Igor Amorelli, Thiago Vinhal e Reinaldo Colucci)
*Os melhores ciclistas do dia saíram 6min30seg atrás desse grupo e quebraram o recorde do percurso do ciclismo com 4h12min para os 180km.
*O atual bicampeão e favorito ao título Jan Frodeno, precisou caminhar durante a maratona após ter fortes dores nas costas, mesmo assim completou a prova, demonstrando o verdadeiro espírito campeão, já que muitos profissionais acabam desistindo, quando não estão bem na competição.
Mas o detalhe mais importante para nós brasileiros, que ficaram torcendo por bons resultados, foi a chegada triunfante do Thiago e do Igor (de Balneário Camboriú para o mundo!) segurando a bandeira do Brasil, cruzando praticamente juntos o pórtico de chegada, respectivamente em 13o e 14o.
O Igor já tem uma experiência na Big Island. Também já foi 13o e vem melhorando cada ano sua capacidade de andar com os caras lá na frente. O que fica pra historia é que o Vinhal foi o primeiro triatleta negro a largar na categoria profissional em Kona.
Ele persegue esse sonho há muito tempo. Foram anos se preparando para conseguir classificar para esse mundial. A felicidade por estar ali no meio dos melhores do mundo ficou estampada no seu rosto a prova inteira, e isso se confirma nas fotos que vi nos sites especializados.
Fiquei muito contente pelos dois, pois os conheço, e sei da dedicação que eles têm para alcançar tais objetivos.
Também vale a pena ressaltar que a prova no Hawaii é considerada a mais difícil do circuito IRONMAN pelas condições climáticas que apresenta aos atletas. Calor que varia entre 30 e 35 graus com umidade relativa do ar beirando os 80% e o vento que castiga o pessoal no ciclismo...
Para estar lá como amador, você precisa se classificar em alguma competição com a mesma distância da marca IRONMAN, buscando uma das vagas oferecidas em cada categoria de idade, como por exemplo o IRONMAN FLORIANÓPOLIS (que acontece anualmente em maio).
Para estar lá como profissional, você precisa juntar pontos ao longo do ano no chamado KPR (Kona Pro Ranking) e figurar entre os 50 melhores dessa lista.
Tive o prazer de competir nesse mundial em 2014 e 2016.
Outra hora eu conto mais dessa experiência.
Por enquanto ficamos aqui com a vontade de um dia voltar lá! ALOHA!!!