Para dar uma erguida no grupo de corrida, orientava minha noiva (notem o upgrade na relação) e um casal de colegas de UNESC, que me ajudavam no quesito “movimentação”. Hoje eles nem moram mais aqui. Mas a amizade com o Riro e a Cari foi tão legal que viraram padrinhos do meu filho...
O Riro não corria há vários anos porque um médico o tinha proibido de praticar essa atividade. Conversando sobre o “problema” dele, utilizei da minha experiência para tentar outro tipo de condicionamento, já que muita coisa tinha mudado na medicina e na educação física nos últimos anos.
Resumidamente, o médico tinha proibido. Ok. Mas por quê?
Fui a fundo ao que ele havia me relatado e iniciamos um treinamento um pouco mais especifico, cuidando muito sua situação física. Notei que ele poderia fazer a atividade com maiores cuidados e que sim, ele poderia correr novamente.
Conseguimos em pouco tempo melhorar sua condição física e ele corria feliz e satisfeito por voltar a praticar o esporte que tanto gostava. Foi somente uma questão de ajuste.
Depois daquele caso, tive ainda mais certeza do que queria com aquele grupo de corrida. Não somente condicionar as pessoas e sim mudar vidas, estimular saúde, modificar pensamentos antigos e ajudar a realizar sonhos e que aquele treinamento fosse prazeroso não só para o corpo, mas também para a mente! Já não me sentia somente um treinador e sim um professor na mais ampla forma da palavra. Eu orientava o treino, sugeria, indicava e passava minha experiência para aqueles que buscavam o que eu tinha descoberto lá em 94...
Eis que num dia desses qualquer surge a primeira potencial aluna (pagante) da assessoria!
- Não sabia que tinha assessoria de corrida aqui em Criciúma! Dizia ela em um tom de espanto e alegria ao mesmo tempo.
A Lê tinha morado em algumas cidades antes de vir a Criciúma e já conhecia o conceito do trabalho orientado. Contou-me sobre os técnicos que teve. Um deles nada mais nada menos que o Leandro Macedo, o melhor triatleta que o Brasil já tinha visto até então, que tinha aberto sua assessoria em Brasília quando estava finalizando sua carreira como atleta.
Iniciamos ali um trabalho orientado com muito cuidado, pois a Lê tinha uma dorzinha no joelho que atrapalhava um pouco sua performance. Em pouco tempo e alguns cuidados depois, ela estava correndo provas mais longas e fazendo o que mais gostava com muito mais prazer, já que tínhamos conseguido controlar essa dorzinha chata...
Cada dia que passava mais me convencia de que TODOS podiam correr.
O segredo era utilizar alguns detalhes técnicos com a melhor carga de treinamento para cada pessoa. Isso resumia meu trabalho e eu estava muito contente por poder colocá-lo em prática.