O vereador Júlio Kaminski (PSL) anunciou na tarde desta sexta-feira, 5, que está desistindo de concorrer a prefeito. Ele alegou razões partidários e informou inclusive que, nos próximos dias, estará encaminhando sua desfiliação ao Partido Social Liberal (PSL).
Com isso, permanecerá independente na Câmara até o fim do mando e não concorrerá às eleições de outubro. Deverá oferecer apoio aos candidatos do PSL e do Democratas, que o ajudou a recrutar na montagem da nominata dos últimos meses. “Nunca vi na minha vida, um pré-candidato não participar da executiva. E pior, um vereador, em que pese eu ter vindo de outro partido, nesse momento a sigla que me acompanha é o PSL”, falou Kaminski ao demonstrar tristeza e indignação ao ser destituído da presidência do partido e da executiva.
Kaminski comentou ainda que uma das alegações dos integrantes da executiva é por ele ser relator de uma CPI da Afasc na Câmara. "Eu não sou relator, sou secretário", salientou.
“Vou verificar”
“Vou verificar”. Esta é a mensagem que o presidente do PSL estadual, deputado federal, Fábio Schiochet ao ser questionado pelo vereador sobre a situação envolvendo o partido em Criciúma. “Isso foi na terça-feira. Hoje é sexta-feira e esta verificação ainda está acontecendo”, comentou o vereador ao revelar que não recebeu mais nenhum retorno. Ele disse ainda que o acordo era ele permanecer como presidente do PSL até julho.
Além disso, ele relatou que o governador, Carlos Moisés da Silva, que é do partido, sabe o que está acontecendo na cidade. “A confiança se quebrou. Rompeu-se uma relação”, salientou.
Kaminski almejava já há um bom tempo a candidatura a prefeito, tanto que, por conta disso, rompeu com o PSDB - partido do prefeito Clésio Salvaro. Sem Kaminski, projeta-se o nome do advogado Jefferson Monteiro, que integra a executiva do PSL, como possível pré-candidato à Prefeitura de Criciúma.
Outro nome de destaque do partido em Criciúma, que poderá ser uma alternativa para a eleição majoritária, é do suplente de vereador Alisson Pires que há poucos dias havia sido nomeado presidente do PSL criciumense no lugar de Kaminski.
Além de Kaminski, o PSL tem Edson Paiol do Nascimento como em Criciúma.
Projetos engavetados. Por enquanto
Kaminski lembrou que sempre disse não ter intenção de concorrer à reeleição como vereador e vem há pelos menos três anos planejando a candidatura ao Paço Municipal. “Eu passei três anos construindo uma eleição. Digo isso porque têm pessoas que me acompanham desde o início. Com dificuldades, sem dinheiro, com bastante trabalho, agregando pessoas sem pedir um centavo para participar do processo. As 30 pessoas que participam conosco como pré-candidatos, nenhum deles pediu um centavo. Por que acreditam na alternativa, na mudança, que precisamos renovar. O fiz nestes três anos foi cumprir o meu mandato e criar uma alternativa real de mudança. Criciúma é uma cidade tão importante. Perde o Kaminski. Perdem os candidatos a vereador. Perde a cidade com o debate, com as propostas. Não tem condições de ficar em um lugar onde a confiança foi quebrada”, concluiu.