A Imbralit, empresa instalada na região da Próspera, em Criciúma, terá que investir R$ 10 milhões para construir uma subestação de energia. Somente assim conseguirá colocar em funcionamento uma máquina de grande porte que está em fase final de montagem para ampliar a produção de telhas e demais produtos da sua linha. O tema foi citado pelo vereador Toninho da Imbralit (MDB), na sessão desta segunda-feira, 18, na Câmara, para ilustrar problemas referentes à crise de fornecimento de energia em Criciúma.
"É um absurdo. A Imbralit investiu R$ 30 milhões na ampliação da sua planta industrial, e agora precisa, segundo a própria Celesc, investir mais R$ 10 milhões para fazer uma subestação para colocar seu maquinário novo em funcionamento. Em tempos de atração de investimento, isso é muito ruim para a cidade", reclamou Toninho. "O absurdo que chegamos quase em 2020, a Celesc não se preocupar com o avanço econômico da cidade. Nós agora vamos procurar a direção da Celesc para discutir o assunto e ver se, em conjunto, alcançamos isso", completou.
O parlamentar mencionou, ainda, que a Imbralit está localizada próximo a uma unidade da Cermoful, cooperativa de Morro da Fumaça, que já confirmou ter a condição técnica para o fornecimento da energia necessária à operação dos novos maquinários da empresa criciumense, mas que não pode fazer o atendimento por questão legal. "A cooperativa de Morro da Fumaça, que fica em frente à Imbralit, tem energia para fornecer, mas nós não podemos, pois há uma concessionária, a Celesc, que não libera", informou Toninho.
Conforme o vereador, o pedido da Imbralit para aumento da demanda de energia para suas instalações foi encaminhado em dezembro de 2017 à Celesc. "E a resposta veio somente agora, e foi negativa", detalhou.
O tema dos problemas com energia em Criciúma foi levantado pelo vereador Zairo Casagrande (PSD), também nesta segunda no Legislativo. "A Câmara precisa abraçar, coletivamente, essa bandeira para melhorar o suprimento de energia na cidade. A Celesc precisa investir mais aqui", observou. Zairo mencionou, ainda, as limitações que a cidade vem enfrentando por possuir extensas áreas incluídas em áreas de preservação e recuperação ambiental. "Tem uma grande empresa do Rio Maina, por exemplo, que não está conseguindo ampliar a sua estrutura pois o terreno é de pirita. Isso também precisa ser enfrentado", arrematou.