Um acontecimento que poderia muito bem, estar no roteiro de um filme de Steven Spielberg. Em 1997, no dia 20 de abril de 1997, um domingo véspera de feriado de Tiradentes, João Portinari Leão saiu para praticar o windsurfe, esporte pelo qual ele era íntimo desde os 10 anos de idade.
Porém, aquele dia, o mar de Búzio, no Rio de Janeiro guardava uma grande surpresa para ele. João precisou lutar pela vida com um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento.
Esta história, que ele retrata no livro “A Isca”, foi contada no Programa Ponto a Ponto, da Rádio Som Maior. Fui para o mar sem ter ideia do que ia acontecer. Foi a primeira entrada no mar que eu dei. Uma velejada longa e depois ficar perto da praia e no final, quando fiz esta manobra, entrei no mar e criei as condições perfeitas para o tubarão me atacar. Não tinha registro de um tubarão-branco em Búzios antes. Mas eles estão na costa brasileira. Ele me puxou para o fundo e eu achei que ia morrer. Quando ele me soltou e eu fiquei nesta poça de sangue que eu chamo e eu sabia que se eu não velejasse iria morrer ali, sofrendo. Foi um momento de desespero, que eu vi a morte de perto. Falei ‘não pode ser agora e continuei velejando’, destacou.
De uma família de pescadores, João conhece bem o mar, mas a sua relação mudou após o incidente. “Levei dez meses para me recuperar e depois voltei a velejar. Isso mudou a minha relação com o mar. Passei a respeitá-lo mais”, finalizou.
Confira a entrevista na íntegra: