Fechada neste sábado (2) a janela de transferências partidárias sem risco de perda de mandato, o movimento foi grande entre os deputados estaduais. Encerrando o ciclo de mudanças, Laércio Schuster, eleito pelo PSB e encaminhado com o Podemos, acabou assinando ficha no União Brasil. Esse é um dos registros feitos pelo jornalista Upiara Boschi, comentarista da Rádio Som Maior, no Upiara Online.
Além de Laércio, o União Brasil filiou o deputado Jair Miotto, eleito pelo PSC. Com isso, mais as permanências de Felipe Estevão e Ricardo Alba, que eram oriundos do PSL que somou-se ao Democratas para formar a nova sigla, o União Brasil fechou a janela com uma bancada de quatro deputados, a terceira maior da Assembleia Legislativa (Alesc) ao lado de PT e PSD.
Cabe lembrar que o PSL elegeu 6 deputados em 2018. Dele saíram quatro que reforçaram dois partidos: Ana Caroline Campagnolo, Jessé Lopes e Sargento Lima, que tomaram o rumo do PL, e Coronel Mocellin, que reforçou o Republicanos.
Com as adesões de Ana Caroline, Jessé e Lima, mais a filiação de Ivan Naatz (eleito pelo PV), o PL chegou a 7 parlamentares. Em 2018, ainda como PR (mudou de nome depois), havia eleito Marcius Machado, Maurício Eskudlark e Nilso Berlanda.
Novo, PTB e Podemos surgiram
Três novas bancadas surgiram na Alesc ao longo da atual legislatura: Novo, PTB e Podemos. Nenhum desses três havia eleito deputado em 2018.
O Novo foi o primeiro a desnutrir o PSB. Ainda em 2019, Bruno Souza deixou a sigla socialista, pela qual elegeu-se, ficou um tempo sem partido mas logo filiou-se ao Novo. E agora, na janela, Kennedy Nunes confirmou a troca do PSD pelo PTB e, nos últimos dias, o Podemos formou sua bancada. Filiou Ana Paula da Silva, a Paulinha, expulsa do PDT em maio passado, e Nazareno Martins, outro eleito pelo PSB. Nazareno é pai de Camilo Martins, presidente estadual do Podemos.
PSB, PSC e PV sumiram
E o sumiço efetivo do PSB da Alesc veio neste sábado, com a confirmação da migração de Laércio Schuster para o União Brasil. O PSC perdeu Jair Miotto, que havia anunciado a saída em meados de março, e o PV havia perdido Ivan Naatz em dezembro de 2019.
No fim das contas, somente quatro das 12 bancadas não sofreram mudanças desde a eleição: MDB, PT, PP e PSDB seguem iguais.
As bancadas
MDB - elegeu 9, segue com 9
PL - elegeu 3 (como PR), está com 7
PT - elegeu 4, segue com 4
PSD - elegeu 5, está com 4
União Brasil - elegeu 6 (como PSL), está com 4
PP - elegeu 3, segue com 3
PSB - elegeu 3, está com 0
PSDB - elegeu 2, segue com 2
Republicanos - elegeu 1 (como PRB), está com 2
PDT - elegeu 2, está com 1
PSC - elegeu 1, está com 0
PV - elegeu 1, está com 0
Podemos - não elegeu, está com 2
PTB - não elegeu, está com 1
Novo - não elegeu, está com 1
Como ficaram as bancadas
Da eleição, são 11 deputados que mudaram de partido: Ana Campagnolo, Ivan Naatz, Jessé Lima, Sargento Lima, Jair Miotto, Laércio Schuster, Coronel Mocellin, Paulinha, Nazareno Martins, Kennedy Nunes e Bruno Souza. Levando em conta que a fusão de PSL e DEM foi troca de partido, Felipe Estevão e Ricardo Alba também entram na conta.
Veja abaixo como estão as bancadas na Alesc a partir de agora:
O MDB mantém seus nove deputados: Ada de Luca, Luiz Fernando Vampiro, Fernando Krelling, Jerry Comper, Mauro de Nadal, Moacir Sopelsa, Romildo Titon, Valdir Cobalchini e Volnei Weber.
O PL tem sete: Ana Caroline Campagnolo, Ivan Naatz. Jessé Lopes. Marcius Machado, Maurício Eskudlark, Nilso Berlanda e Sargento Lima.
O PT tem quatro: Fabiano da Luz, Luciane Carminatti, Neodi Saretta e Padre Pedro Baldissera. O PSD também tem quatro: Ismael dos Santos, Julio Garcia, Marlene Fengler e Milton Hobus.
O União Brasil também tem quatro: Felipe Estevão, Jair Miotto, Laércio Schuster e Ricardo Alba.
O PP mantém Altair Silva, João Amin e José Milton Scheffer. O PSDB tem Marcos Vieira e Vicente Caropreso.
No Republicanos estão Coronel Mocellin e Sergio Motta. O Podemos tem Ana Paula da Silva (Paulinha) e Nazareno Martins.
No PTB, Kennedy Nunes. No Novo, Bruno Souza. No PDT, Rodrigo Minotto.