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A opinião dos deputados sobre o pedido de impeachment de Moisés

Presidente da Alesc anunciou nesta quarta-feira que dará prosseguimento ao processo

Por Paulo Monteiro Florianópolis - SC, 23/07/2020 - 08:36 Atualizado em 23/07/2020 - 08:37
Foto: divulgação
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O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD), anunciou na tarde desta quarta-feira, 22, que dará prosseguimento ao pedido de impeachment do governador Carlos Moisés, protocolado pelo defensor público, Ralf Zimmer Júnior. Sem uma base de apoio consolidada na Assembleia, Moisés se vê em uma situação complicada e com poucos deputados ao seu favor.

O pedido de impeachment tem como base o aumento concedido de forma administrativa aos procuradores de SC. Ainda líder do governo na Alesc, a deputada Paulinha (PDT), afirma não encontrar motivos o suficiente no pedido para que o governador e sua vice, Daniela Reinehr, sejam afastados.

“Não conheço inteiramente o processo então não posso fazer um julgamento, mas o que se ia respeito dele, não acho que esse é um motivo para afastar o governador. Francamente, se houve um ato administrativo para ser resolvido, mas não houve um ato de improbidade administrativa de má fé declarada, não houve um ato corruptivo”, disse Paulinha. “Acho que o processo precisa ser estudado com calma pela Alesc, respeitando os requisitos legais”, pontuou.

O deputado Volnei Weber (MDB) ressalta que o governador está em uma situação bastante complicada, sem uma base definitiva e uma musculatura fragilizada. A falta de ações por parte do Governo do Estado em combate a pandemia e os problemas de irregularidades administrativas de integrantes do governo que acabou gerando a CPI dos Respiradores são outros pontos criticados por Volnei.

“Nós do MDB somos uma bancada muito unida e de um bom relacionamento e diálogo, e vamos tomar uma decisão, com certeza, em conjunto. Pode-se dizer que a situação do governo é muito frágil, e tomaremos uma decisão muito técnica. O perdão do pecado é difícil na área pública. Nas empresas, se erramos, prestamos contas para nós mesmos, mas aqui prestamos contas para a sociedade em um todo”, declarou.

Já o deputado Rodrigo Minotto (MDB) destaca que ainda há um longo processo para que o impeachment possa ou não ocorrer. “Acredito que agora que o rito inicia-se para que posas ser dado o prazo legal ao governador e a vice para apresentar a sua defesa, constituir uma comissão especial que vai analisar tanto a denúncia quanto a defesa para depois verificar se há ou não a possibilidade de encaminhar ao plenário. Se aprovado, vai ao plenário, se não, é arquivado”, disse.

Minotto ainda ressalta que, atualmente, seu voto seria contrário ao processo de impeachment de Moisés e Daniela, visto o período em que o estado se encontra e o peso do pedido argumentado. “Meu voto seria contrário, pelo que escuto e vejo, já que não tomei conhecimento total da denúncia. O que me recorda é que Santa Catarina é um estado muito inovador e crescente para estarmos discutindo isso em um momento de uma pandemia muito grande”, afirmou.

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