Os dirigentes do Sindicato dos Técnicos Industriais de Santa Catarina (Sintect/SC) têm realizado visitas nos Correios da Região Sul, desde a última quarta-feira, 13. O objetivo é orientar e ouvir os trabalhadores das empresas vítimas da sobrecarga de trabalho, além de informar a população sobre o sistema de privatização das agências, previstos por meio do Projeto de Lei (PL) 591, de 2021.
Conforme o dirigente sindical, Manoel Augusto Marcelino, a PL inconstitucional foi enviada para a Câmara de Deputados, Senado Federal e mesmo não tendo entrado em pauta, está encaminhada para uma audiência pública com os trabalhadores contrários à decisão de não privatização e após, os que são favoráveis. A população que não concorda com a medida, pode se manifestar por meio da Ouvidoria dos próprios Correios ou realizar denúncias no Ministério Público.
Augusto afirma que com a privatização das agências, a tarifa e os preços serão aumentados consideravelmente. Poderá inclusive, resultar no fechamento de várias filiais, pois o foco será naquelas que dão lucro. “A população será a maior prejudicada. Nesse momento, o Governo se firma para gestores da empresa privatizarem, eles destacam junto a isso os serviços precários. Ou seja, é uma tentativa de opinião pública negativa para que a população se sinta prejudicada”, explicou Manoel.
Nos últimos anos, cerca de 30 mil trabalhadores foram demitidos. Um número não compensado por concurso público, que teve a última edição em 2011, com o final dos chamamentos de contratações em 2014. “Essa luta, inclusive em relação ao excesso de trabalho desses funcionários, precisa ser pressionada e levada aos senadores de Santa Catarina: Esperidião Amin, Dário Berger e Jorginho Mello”, acrescentou o dirigente sindical.