O presidente Jair Bolsonaro e o Partido Social Liberal (PSL) podem estar próximos de estabelecer uma reaproximação. Parlamentares e deputados do partido já demonstraram o interesse nessa aproximação, mas alguns nomes fortes do PSL ainda se mostram contrários a ideia.
“O vice-presidente nacional do PSL já disse que não tem interesse nisso, e foi de forma direta: não estamos a venda. Seria muito difícil uma aproximação de Luciano Bivar com Jair Bolsonaro, mas tem outros deputados, como o Francischini, outros parlamentares que são a favor dessa reaproximação. É claro, quem não quer ter um presidente da república em seu partido”, comentou o jornalista político Marcelo Lula.
Desde que saiu do PSL, com a intenção de fundar e se filiar ao Aliança Pelo Brasil, Bolsonaro se manteve sem partido. O Partido Liberal e o Patriotas já demonstraram ser próximos do presidente, e o PSL surge como mais uma alternativa para Bolsonaro, devido às dificuldades de viabilização do Aliança.
A saída do presidente do PSL dividiu o partido em dois lados: os da ala ideológica de Bolsonaro e os contrários a ideia. Em Santa Catarina, uma reaproximação pode ser ainda mais difícil. “Moisés foi muito crítico ao Bolsonaro e sua ala ideológica, e acabou rasgando todo seu discurso de campanha, quando dizia que era o candidato do presidente. Acabou contra bandeiras caras ao presidente. Bolsonaro chegou a se manifestar, não abertamente, mas em manifestações que vazaram seu descontentamento. Ele não gosta de Moisés”, pontuou Marcelo.
“Vejo com muita dificuldade esse realinhamento, muito embora possa haver, daqui a pouco, uma aproximação pragmática no congresso. Bolsonaro tenta conseguir uma base, já está construindo com o Centrão que é parceiro do presidente hoje. Mas com o PSL, se acontecer, acredito que seja nesse caminho”, emendou.