Em meio a polêmicas e mudanças, o brasileiro busca meios de se manter no mercado, seja através de novas oportunidades de emprego, seja abrindo seu próprio negócio. Segundo dados do Empresômetro, empresa brasileira de inteligência de mercado, houve um pequeno aumento no número de abertura de empresas no mês de abril em relação a março desse ano.
"Identificamos um ligeiro aumento no número, em torno de 7%. Foram mais de 263 mil empresas formalizadas no mês de abril, mesmo em meio a tantas polêmicas e um cenário de incerteza econômica", diz o empresário e diretor do Empresômetro, Otávio Amaral.
Segundo o empresário, é um sinal de que o empreendedor brasileiro confia na economia, uma vez que há bastante dinheiro circulando no país. "Investir é acreditar e impulsionar nosso país, mesmo sendo difícil, aqueles que buscarem ferramentas que melhorem seus negócios terão um futuro promissor, mas que fique claro que não é do dia para a noite", afirma Amaral.
Quanto às empresas, o estado que abriga a maior população, São Paulo, foi onde grande parte das empresas (82 mil) foram formalizadas somente em abril; na Região Nordeste, a Bahia foi o estado que abriu mais de 12 mil novos negócios; já na Região Norte, o estado do Pará abriu mais de 4 mil novos empreendimentos. No Sul, vemos o Paraná com pouco mais de 18 mil novas empresas no mês.
Santa Catarina aparece em sétimo lugar, com 12.398 empresas abertas no período.
Os dez melhores do ranking:
São Paulo - 82.359
Minas Gerais - 27.850
Rio de Janeiro - 24.756
Paraná - 18.047
Rio Grande do Sul - 15.993
Bahia - 12.631
Santa Catarina - 12.398
Goiás - 9.376
Pernambuco - 7.461
Ceará - 6.628
As atividades mais exploradas pelos empreendedores no mês de abril, seguindo uma tendência dos meses anteriores, foram: cabeleireiros, venda de roupas e acessórios, promoção em vendas e obras em alvenaria. O que chama atenção é o fornecimento de alimento para consumo alimentar na quinta posição, que expressa uma outra tendência: o serviço de entrega de comida a domicílio, impulsionada pelos aplicativos de delivery e facilidade em formalizar uma empresa.
Atividades mais exploradas:
Cabeleireiros - 15.020
Varejo de vestuário e acessórios - 15.487
Promoção de vendas - 9.614
Obras de alvenaria - 9.194
Fornecimento de alimentos em domicílio - 6.419
Lanchonetes, casas de chá, sucos e similares - 5.831
Restaurantes e similares - 5.301
Preparação de documentos e serviços administrativos especializados - 5.104
Minimercados, mercearias e armazéns - 4.549
Serviços de entrega rápida - 4.532
"O brasileiro tende a ver uma oportunidade em cada período de crise. Ele lança mão daquilo que sabe fazer e que não necessita de muito investimento, para que possa gerar renda, por isso, tem sido muito comum a adesão de pessoas ao serviço de alimentação. Dessa forma, com um negócio formalizado, ele pode, por exemplo, cozinhar em casa, alocar seus serviços nos aplicativos e engordar a receita a mensal", conclui Amaral.