A crise no sistema de saúde catarinense se tornou uma pauta recorrente nas últimas semanas. Isso porque, a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), especialmente, neonatais e pediátricos, trouxe inseguranças às famílias.
Segundo o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, em entrevista exclusiva à Som Maior, em Criciúma, sete novos leitos de UTI serão implantados no Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (Hmisc).
O chefe do Executivo ainda é enfático quanto à solução do problema. "É simples: a abertura de novos leitos, que não acontece num passe de mágica. A gente está avançando. Nos últimos 30 dias, nós abrimos 93 no Estado de Santa Catarina, dos quais 60 são neonatais e pediátricos. Essa é a resposta do Governo: fazer", comenta.
O Governo do Estado trabalha para contratar, de forma emergencial, 20 pediatras. "Estamos apoiando todos os hospitais, inclusive, os filantrópicos, para a abertura de novos leitos. Não só a rede pública. O Materno-Infantil Santa Catarina abre, agora, cinco novos leitos de UTI e vamos abrir, ainda, mais dois", finaliza.
Além disso, cinco novos leitos também devem ser abertos no Hospital Regional de Araranguá.
Moisés atribui a grave situação da saúde, também, à baixa procura por vacinação dos catarinenses. "Foi feita uma campanha de destruição do Programa Nacional de Imunização do Brasil. Nós erradicamos várias doenças, mas a nossa população não se vacinou, menos de 30% das crianças entre seis meses e cinco anos não foram imunizadas contra a gripe", detalha Moisés.
"Juntando tudo isso e a descrença na ciência, a gente percebe que, daqui a pouco, podemos ter doenças que já foram erradicadas", finaliza Moisés.