Implantada em 2025, a proibição do uso dos celulares nas salas de aula tem melhorado o rendimento dos alunos neste início de ano letivo em Criciúma. A novidade facilita a interação entre crianças e adolescentes, sejam nas escolas públicas ou privadas.
No estado, o assunto já era debatido mesmo antes do surgimento dos smartphones. "Em Santa Catarina nós já tínhamos uma portaria desde 2008 que falava da proibição do uso de celular, claro, com adendo para uso pedagógico", conta Ronisi Guimarães, coordenadora regional da Educação de Criciúma, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior.
Após a lei entrar em vigor, Ronisi garante que o saldo é positivo, tanto dentro da sala de aula quanto nos intervalos. "Nós temos imagens acompanhando os intervalos o dia a dia dentro da sala de aula. Então o retorno dos professores e das equipes de gestão está sendo muito positivo. Uma maior interação, uma maior concentração dos alunos", destaca.
Nas escolas públicas, os aparelhos não estão 100% proibidos, mas dependem da permissão dos professores. "O professor no seu planejamento, no seu plano diário, ele tem essa autonomia de organizar quando o estudante pode utilizar o tablet, o celular. Tem também as salas de tecnologia à disposição", explica Ronisi.
Escolas privadas
No Colégio Michel, em Criciúma, a adaptação dos alunos foi mais tranquila, pois a ideia já havia sido implementada a mais tempo. "Há três anos, nós já utilizávamos uma caixinha para guardar os celulares em sala de aula. Então, a lei só veio coroar. Agora está tranquilo, os recreios estão mais divertidos, nós disponibilizamos alguns brinquedos a mais para os estudantes, correndo tudo bem", afirma Michele Cardoso, coordenadora dos anos finais e do ensino médio da instituição.
Apesar de seguir a proibição desde os últimos anos, o uso educativo dos dispositivos pode ser utilizado normalmente. "Existe flexibilização. Os professores podem usar com a finalidade pedagógica. Nós temos estudantes que utilizam também por conta de saúde", informa.
Ouça, na íntegra, a entrevista das coordenadoras, ao Programa Adelor Lessa: